21 de setembro de 2021

Na ONU, Bolsonaro fala em preservação ambiental e defende vacinação contra a Covid-19

 




Em pronunciamento, presidente afirmou que sua gestão recuperou a credibilidade do Brasil perante o mundo, criticou passaporte da vacina e prometeu visto humanitário a afegãos
Por Jovem Pan
21/09/2021 11h14 - Atualizado em 21/09/2021 14h59
EFE/EPA/EDUARDO MUNOZ / POOLÉ a terceira vez que o presidente Jair Bolsonaro discursa na Assembleia Geral da ONU


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, em discurso de abertura da 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira, 21, que a sua gestão recuperou a credibilidade do Brasil perante o mundo. Ele voltou a dizer que não há corrupção em sua gestão e que, antes de assumir a Presidência em 2019, o Brasil estava “à beira do socialismo”. O chefe do Executivo se posicionou a favor da vacinação contra a Covid-19, apesar de não ter se imunizado contra a doença, criticou a adoção do chamado “passaporte da vacina” e defendeu a implementação do “tratamento precoce“, cuja ineficácia já foi cientificamente comprovada. “Venho aqui mostrar o Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisões. Estamos há 2 anos e 8 meses sem qualquer caso concreto de corrupção. O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo. Isso é muito, é uma sólida base, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo”, iniciou. O mandatário do Palácio do Planalto citou as medidas tomadas pelo seu governo que impulsionaram a recuperação “da credibilidade do Brasil perante o mundo” e tornaram o país “tudo que um investidor procura”. Bolsonaro descreveu a agricultura brasileira como “moderna” e “sustentável” e acrescentou que “nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa quanto a nossa”.


Apesar das críticas internacionais à gestão ambiental do governo Bolsonaro, o presidente assegurou que sua gestão “dobrou” os recursos humanos e financeiros destinados ao fortalecimento dos órgãos ambientais, com o objetivo de zerar o desmatamento ilegal. “E os resultados desta importante ação já começaram a aparecer. Na Amazônia, tivemos uma redução de 32% do desmatamento no mês de agosto, quando comparado a agosto do ano anterior. Qual país do mundo tem uma política de preservação ambiental como a nossa?”, questionou. Ainda sobre a preservação ambiental, o representante brasileiro alegou que o país é um “exemplo na geração de energia” com 83% advinda de fontes renováveis. Em outro ponto, ele reforçou o seu compromisso de alcançar a neutralidade climática em 2050 e pediu para que os países industrializados cumpram efetivamente seus compromissos com o “financiamento de clima em volumes relevantes”. “O futuro do emprego verde está no Brasil: energia renovável, agricultura sustentável, indústria de baixa emissão, saneamento básico, tratamento de resíduos e turismo”.

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Em relação à política internacional, Bolsonaro atribuiu a conquista de uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU ao trabalho “sério” e “responsável” do ministro das Relações Internacionais, Carlos França. O presidente também lembrou que o Brasil sempre participou de Missões de Paz da ONU e “sempre acolheu refugiados”. Assim, afirmou que irá conceder visto humanitário para cristãos, mulheres, crianças e jovens afegãos que estão fugindo do governo Talibã. Em seu discursou, o presidente ainda mencionou a ratificação da Convenção Interamericana contra o Racismo e Formas Correlatas de Intolerância e que “600.000 índios vivem em liberdade” no país. No final de seu pronunciamento, Bolsonaro finalmente falou sobre a pandemia do coronavírus e sobre as medidas adotadas pelo seu governo para combater a crise sanitária, como a compra de doses de vacinas e o auxílio emergencial. O presidente disse apoiar a imunização contra a Covid-19, mas ressaltou que é contra a adoção de um passaporte sanitário ou de qualquer tipo de obrigação relacionada a vacina. O mandatário do Palácio do Planalto garantiu que, até novembro, todos que escolheram ser vacinados no Brasil serão atendidos. Bolsonaro fez defesa do tratamento precoce e disse não entender “porque muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial”. O chefe do Executivo finalizou comemorando as manifestações “pacíficas” e “patrióticas” no 7 de setembro, as quais chamou de “maiores da história do Brasil”.

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