No ano passado escrevemos um artigo sobre a festa de Iemanjá, uma entidade extremamente popular e carismática e à época fizemos uma comparação entre a Rainha do Mar e Afrodite. Os mitos que envolvem essas duas formas poderosas de expressar o universo feminino tem muita afinidade entre sí, de um lado a figura mágica de Iemanjá, cultuada pelos nossos ancestrais africanos, terna, bela, vaidosa, mãe, protetora dos mares, realizadora de desejos...e do outro lado Afrodite ou Vênus, símbolo forte da mitologia greco/romana que simboliza a sensualidade da mulher, a fertilidade, a proteção, a mãe, bela, vaidosa, sensual e sedutora.
O que elas têm em comum? Tudo. Embora produzidas por culturas diferentes, elas tem tudo a ver, poderíamos envolver aí Oxum e a Iara, a primeira representando a cultura africana e a segunda a cultura indígena, ambas protetoras dos rios, das nascentes e dos lagos, as duas também a exemplo de Iemanjá e Afrodite, vaidosas e adoram mimos. O que seria de nós se não fossem os mitos hein?
Todas essa figuras mitológicas representam o sagrado feminino, seria a mulher uma divindade também? Sim, claro que sim, pois é a mulher nobre ou plebeia, mundana ou ateia, do Cariri cearense ao Saara é a mulher o simbolo da vida que aleita e cura as feridas. Pode se chamar Anyzete, Joana, Adriana, Taionara, Taís, Karen, Maureen, Ling, Karapova, Ingrid ou simplesmente Sebastiana, não importa nomes, o que realmente importa é que a mulher é a síntese dos poderes míticos de Iemanjá, de Nanã, de Iansã, de Vênus ou Afrodite, da Iara, de Janaína, enfim és sempre mulher da menarca a velhice, és o verso o o anverso da vida.
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