Ex-gerente da Petrobras diz ter informado à atual diretoria sobre irregularidades em contratos antes mesmo da Operação Lava Jato, mas, em vez de conter os desvios, a cúpula da estatal resolveu afastá-la do cargo
Helena Borges (helenaborges@istoe.com.br)
Há cerca de dez dias, a ex-gerente da Petrobras Venina Velosa da Fonseca não é vista em seu apartamento no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Vizinhos disseram à ISTOÉ que a moradora tem aparecido muito pouco no local nos últimos dois meses. A reportagem apurou que Venina alugou um flat em São Paulo, onde fez contatos com um procurador da força-tarefa que investiga os desvios na Petrobras. Nos últimos dois fins de semana, ela buscou refúgio na casa da mãe, no interior de Minas Gerais, onde refletiu muito até tomar a decisão de trazer à tona tudo o que sabe sobre o esquema de corrupção que drenou bilhões da estatal. Esperada para depor nos próximos dias no Ministério Público Federal em Curitiba, Venina promete envolver muito mais gente graúda no escândalo. A amigos diz que chegou ao limite e não perdoa a atual gestão da Petrobras por tê-la afastado da companhia, em 20 de novembro, junto a outros executivos suspeitos de irregularidades. “Não vou cair sozinha”, garante. A ex-gerente diz que desde 2008 vem alertando a cúpula da empresa sobre desvios em diferentes setores, segundo reportagem publicada no jornal “Valor Econômico” na sexta-feira 12.
A SOLUÇÃO FOI TIRÁ-LA DO CAMINHO
Desde 2008, a ex-gerente da Petrobras Venina Velosa, que trabalhou
ao lado de Paulo Roberto Costa (abaixo), vem alertando a
empresa sobre desvios em diferentes setores
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