O termo andropausa
parece ter saído de um filme de ficção científica, mas faz parte do universo
masculino, e está diretamente ligado à saúde do homem.
Conhecido como a
“menopausa masculina”, o Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino
(DAEM) faz com que eles também sofram, a partir dos 50 anos, com a queda
hormonal. No entanto, de uma forma diferente das mulheres.
“A
testosterona, o principal hormônio sexual masculino, é responsável por uma
série de mudanças ao longo da vida do homem. Por três décadas, aproximadamente
entre os 20 e 50 anos, ela se mantém estável, mas, no período que chamamos de
andropausa, sua produção passa por uma queda considerável, podendo causar uma
série de sintomas”, explica o urologista Raphael Moreira.
Segundo
o especialista, embora o termo tenha sido criado como uma analogia à menopausa
feminina, há uma diferença marcante entre os dois acontecimentos. “A mulher
passa por uma interrupção hormonal. Já o homem tem apenas uma queda fisiológica
e progressiva dos níveis de hormônio masculino”, afirma. Ou seja, apesar de
menos férteis, eles continuam capazes de ter filhos.
Alguns
sintomas que acometem um em cada sete homens são diminuição do desejo sexual,
perda da ereção, mudança de humor, queda na produção intelectual, menor noção
de espaço, fadiga, diminuição de massa muscular e óssea e aumento da
circunferência abdominal. A andropausa pode ser combatida com hábitos como
comer de forma saudável e praticar exercícios.
“A
dieta deve evitar o excesso de colesterol e açúcares e privilegiar vitaminas,
fibras e alimentos antioxidantes, como hortaliças, peixes e nozes”, diz o
urologista. Como os sintomas surgem paulatinamente, ao contrário da menopausa,
é importante que os homens com mais de 50 anos monitores sistematicamente a quantidade
de testosterona.
“A
medição é feita com um simples exame de sangue. A identificação da
andropausa é importante para que os seus sintomas não afetem o dia a dia do
paciente nem sua disposição para o trabalho e para tarefas cotidianas”,
ressalta dr. Raphael Moreira. Além de muita paciência, a andropausa deve ser
tratada por meio da aplicação de testosterona ou com medicamentos que
aumentem a produção deste hormônio pelos testículos. A testosterona pode ser
administrada por via injetável, em gel ou adesivos transdérmico.
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