“A Justiça estadual da Bahia vive sua pior crise dos últimos 30 anos”, voltou a lembrar o presidente da OAB-BA, Luiz Viana Queiroz, durante uma cerimônia de entrega de carteira a 35 advogados, realizada na tarde da última terça-feira (21/07), no auditório da seccional, na Rua Portão da Piedade. Em seu discurso, Viana destacou dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que classificou o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ/BA) como um dos piores do Brasil: “Enquanto, no TJ/BA, o segundo grau obteve uma taxa de congestionamento de, apenas, 25%, em 2014, segundo o CNJ, o primeiro grau apresentou um congestionamento de 85% de R$ 1,6 milhão de processos recebidos”, pontuou.
Ainda sobre a crise, o presidente afirmou que o problema do Judiciário baiano ultrapassou os limites do tribunal e passou a ser de responsabilidade, também, do Estado: “Esse caos não é mais atribuição do TJ/BA, apenas, mas virou uma questão de Estado e, também, da Assembleia Legislativa e das demais entidades envolvidas com a Justiça. É preciso que todos nós nos unamos, para reverter esse caos que se transformou advogar na Bahia”, complementou.
Paraninfo da cerimônia, o procurador de Prerrogativas, Matheus Brito, também falou sobre a crise e suas dificuldades, mas atribuiu à persistência uma importante arma na reversão do atual cenário: “Todos sabemos que está muito difícil advogar na Bahia, mas essa realidade pode mudar amanhã. A gente pode e deve ajudar a transformar a realidade que está aí. Por isso aconselho a todos que nunca desistam dos seus sonhos e acreditem, sempre, no potencial de vocês”, ressaltou.
Na mesa alta da solenidade, além de Viana e Brito, estiveram presentes os membros da Comissão de Juizados, Frederico Farias (presidente), Claudiane Gil, André Mendonça e Betânia Rodrigues, o representante da OAB Jovem, Ícaro Castello Branco, e os advogados Carlos Martins e Giovana de Azevedo.
Foto: Angelino de Jesus (OAB-BA)
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