Foto: José Cruz/Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse nesta terça-feira (24) não ter entendido a conversa entre o ex-ministro Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado como uma tentativa de interferir no andamento da Operação Lava Jato.
"Não vi isso. É uma conversa entre pessoas que têm alguma convivência e estão fazendo análise do cenário numa posição não muito confortável", afirmou o magistrado. Gilmar também afirmou que não foi procurado por Jucá para tratar sobre nenhum assunto referente ao caso. O peemedebista deixou o cargo no Ministério do Planejamento do presidente em interino, Michel Temer, nesta segunda-feira (23), após a divulgação de conversas entre o empresário e ele, sugerindo um possível "pacto" para deter as investigações.
Tanto Jucá quanto Machado são alvos da Lava Jato, que apura o esquema de corrupção que atuava na Petrobras. Para Gilmar Mendes, o fato de Jucá ter dito que havia conversado com ministros do Supremo causou incômodo ao Supremo. "Sou uma pessoa que tem bom relacionamento com o Jucá desde o governo Fernando Henrique e ele nunca me procurou sobre isso. Parece que isso é o tom de conversa geral", declarou.
O ministro também defendeu que as reiteradas menções que políticos fazem em relação a ter acesso a integrantes do STF acabou virando uma espécia de "mantra", mas não condizem com a realidade. "Sempre vem essa história: já falei com os juízes ou coisa do tipo. Isso virou um mantra, um enredo que se repete", ironizou.
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