6 de maio de 2017

Pré-sal rendeu US$ 133 milhões de propina ao PT, afirma Duque


Os contratos de sondas para exploração do pré-sal renderam ao PT cerca de US$ 133 milhões em propina, segundo calculou o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, de acordo com informações publicadas pelo jornal O Globo.
 
Esse valor, segundo ele, seria dividido entre o partido, o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente Lula, cuja parcela seria gerenciada pelo ex-ministro Antonio Palocci. Em depoimento ao juiz Sergio Moro na sexta-feira, Duque disse ter feito, na época, uma planilha para justamente calcular quanto ele e os petistas receberiam de propina dos estaleiros responsáveis pelo fornecimento de sondas para a Petrobras.
 
"Os dois terços do partido Vaccari me informou que iriam para o PT, para José Dirceu e para Lula, sendo que a parte do Lula seria gerenciada por Palocci. Na época eu conversei com (Pedro) Barusco e passei essa informação para ele, falei que ele não estava lidando com peixe pequeno", disse Renato Duque.
 
Ainda segundo a publicação, o ex-diretor da Petrobras contou que quem primeiro negociou a propina com os estaleiros foi Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras que foi trabalhar na Sete Brasil. O acerto era de 1% sobre o valor do contrato, à exceção dos estaleiros Keppel e Jurong, que pagariam 0,9%. A intenção de Barusco era dividir a propina meio a meio: metade para “casa”, representada pelos executivos da Sete Brasil e Petrobras, metade para o PT.
 
Quando Vaccari chegou com a determinação de que o PT ficaria com dois terços da propina, Barusco teria reclamado, pois tinha negociado com as empresas e ficaria com a menor fatia.
 
Em seu depoimento, Duque contou ainda que toda propina recebida era administrada pelo então gerente executivo da Diretoria de Serviços, Pedro Barusco, que cobrava as empreiteiras e providenciava o depósito nas contas que mantinha na Suíça e em Mônaco. Duque prometeu atuar a partir de agora para tentar facilitar a devolução para a Petrobras de propina depositada no exterior.
 
O ex-diretor da estatal informou ter recebido valores por meio de três contas, cujo saldo somaria aproximadamente € 20,5 milhões. Os valores foram bloqueados por autoridades do Principado de Mônaco e da Suíça no início de 2015, por causa das investigações da Operação Lava-Jato

Fonte Bocão News

Nenhum comentário:

Postar um comentário