Jaques Wagner recebeu R$ 12 milhões em propinas, diz delator
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Delatores da Odebrecht revelaram ao Ministério Público Federal (MPF) que a empreiteira repassou, entre 2010 e 2011, R$ 12 milhões ao ex-governador Jaques Wagner, por meio do Departamento de Propinas.
Com o codinome "Polo", o petista passou de candidato desacreditado, em 2006, a alguém que mantinha relação pessoal com os donos e diretores da empresa. Durante o primeiro mandato, os delatores apontaram uma constante troca de favores entre o governo do Estado e a Odebrecht. De acordo com o Estado de S. Paulo, uma das tratativas foi sobre créditos pendentes do ICMS do governo do Estado da Bahia com a Braskem, pertencente ao grupo Odebrecht.
Segundo o delator Carlos José Fadigas, Wagner concordou em reduzir o ICMS sobre matérias-primas da Braskem, permitindo, 'na prática, que a companhia pudesse reaver o crédito de ICMS que ela tinha com o Estado'.
Ainda de acordo com o Estado, o petista foi classificado, ao fim do primeiro mandato, como 'beneficiário de melhores recebimentos financeiros' da empreiteira pela 'atenção demonstrada' a assuntos de 'interesse da Odebrecht'.
Em nota à imprensa essa semana, o secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia afirmou que não cometeu qualquer ilicitude, e tachou de mirabolantes as declarações de outro delator, Hilberto Silva, que apontou pagamentos de propinas na casa da mãe de Wagner: "O secretário de Desenvolvimento Econômico Jaques Wagner repudiou as falsas acusações feitas por Hilberto Silva, veiculadas hoje pela imprensa: 'Jamais estive com essa pessoa. O que posso dizer sobre esse criminoso confesso - que desesperadamente procura um meio para tentar reduzir sua pena, nem que para isso tenha de envolver uma senhora de 93 anos - é que suas fantasias mirabolantes não prosperarão, simplesmente porque não encontram respaldo na realidade'", diz o texto.
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