30 de junho de 2017

PT é o partido mais associado à corrupção, aponta pesquisa


O Partido dos Trabalhadores é a legenda mais associada à corrupção no âmbito da Operação Lava Jato, de acordo com uma pesquisa realizada pela empresa Ipsos, realizada neste mês. O levantamento mostra que o PT foi lembrado por 64% dos entrevistados de forma espontânea.
O PMDB foi o segundo mais citado, com 12%, e o PSDB somou 3% das respostas. Outros 17% não souberam opinar sobre o tema. Contudo, 82% dos entrevistados afirmaram que as investigações estão mostrando que todas as siglas são corruptas.
A pesquisa também revelou que para 96% dos entrevistados a operação deve continuar até o fim, custe o que custar. Ainda de acordo com a pesquisa, 50% das pessoas acreditam que a “Lava Jato não vai acabar em pizza”, 32% que vai e outros 18% disseram que não é possível responder a essa pergunta.
Sobre o impacto da Lava Jato para o País, 87% dos entrevistados acredita que a ação anticorrupção vai fortalecer a democracia no Brasil. Outros 79% ainda acreditam que as investigações podem ajudar a deixar o País mais sério.
De forma espontânea, os entrevistas citaram quais nomes estão envolvidos na Lava Jato, as respostas foram: Lula (PT), citado por 57% dos entrevistados; Aécio Neves (PSDB), lembrado por 44%; Michel Temer (PMDB), com 43% das citações; Dilma Rousseff (PT), com 35%; e Eduardo Cunha (PMDB), com 33%. Também figuram na lista, desta ordem, Renan Calheiros (PMDB), José Serra (PSDB), Geraldo Alckmin (PSDB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Romero Jucá (PMDB), Rodrigo Maia (PMDB), Marina Silva (Rede), Gilmar Mendes e Jair Bolsonaro.
Quando os mesmos entrevistados receberam uma sugestão de nomes, a ordem das respostas mudou. Na pesquisa estimulada, os dez nomes mais citados com envolvimento na Lava Jato foram: Michel Temer (90%), Aécio Neves (88%), Eduardo Cunha (88%), Lula (87%), Dilma Rousseff (82%), Renan Calheiros (67%), José Serra (52%), Fernando Henrique Cardoso (45%), Geraldo Alckmin (43%) e Rodrigo Maia (39%).
Avaliação do governo
A avaliação do governo do presidente Michel Temer teve uma piora de quatro pontos percentuais comparado ao mês anterior. Hoje, 84% dos brasileiros classificam a gestão Temer como ruim e péssima. Em maio, o índice era de 80% e, em janeiro deste ano, de 59%. A avaliação pessoal do nome de Temer também piorou. Em maio, 86% dos entrevistados desaprovavam sua conduta. Hoje, esse índice é de 93%. Essa taxa de reprovação transforma o presidente na figura pública mais mal avaliada entre os entrevistados. Atrás deles estão Eduardo Cunha (92%), Aécio Neves (91%) e Renan Calheiros (84%).
Considerando os políticos que já disputaram o segundo turno em um pleito presidencial, Aécio Neves é o tucano com maior taxa de rejeição com 91%, alta de 14 pontos percentuais sobre a edição anterior.  O político mineiro é seguido por José Serra, com 79% - aumento de nove pontos em relação a maio - e por último, Geraldo Alckmin com 71%, o que representa sete pontos a mais comparado ao último mês.
Marina Silva, da REDE, que vinha numa constante queda do índice de rejeição, em junho, apresenta taxa de desaprovação de 62%. Por outro lado, o juiz Sérgio Moro, o apresentador Luciano Huck e o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa são os nomes melhores avaliados com 63%, 44% e 42% de aceitação, respectivamente.
Realizada entre os dias 1º e 13 de junho, a pesquisa Ipsos ouviu 1.200 pessoas de forma presencial em 72 municípios brasileiros. A margem de erro é de 3%.

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