Diferente de Salvador, que definiu o retorno das aulas para o dia 3 de maio (veja aqui), Lauro de Freitas, Camaçari e outras 10 cidades baianas decidiram não definir uma data para a reabertura das escolas. A lista é completa por Simões Filho, Mata de São João, Dias D'Ávila, Conde, Candeias, Madre de Deus, Santo Amaro, São Sebastião do Passé, Saubara e São Francisco do Conde.
A decisão foi tomada na última sexta-feira (23), em reunião com os representantes de todas essas cidades. De acordo com a gestão de Lauro de Freitas, uma das motivações é o aumento de óbitos decorrentes da pandemia, ocorrido no mês de março. Os municípios consideraram também o aumento de casos de novas variantes e de jovens contaminados, além dos índices de ocupação de leitos de UTI.
Essa taxa, inclusive, é um dos parâmetros definidos pelo governo do estado para que as cidades possam reabrir as escolas - é preciso que a taxa de ocupação chegue a 75% para adotar aulas em modo híbrido (saiba mais aqui).
Mas além disso, os gestores levaram em conta a ausência de uma programação mais efetiva para a vacinação dos trabalhadores da educação, que oficialmente estão no quarto grupo prioritário (saiba mais aqui). A Comissão Intergestores Bipartite (CIB) da Bahia já liberou a vacinação dessa categoria enquanto os municípios vacinam o terceiro grupo, só que a velocidade depende da quantidade de doses disponível.
“Sem uma programação mais efetiva da chegada de vacinas para os trabalhadores da educação, a nossa decisão foi de mantermos a cautela e de cobrar do Governo Federal mais celeridade na aquisição de mais vacinas, para termos mais segurança para os alunos, crianças, jovens e profissionais das escolas. Entendemos que as aulas presenciais contribuem muito para o aprendizado, mas não podemos descuidar da vida dos alunos e trabalhadores”, disse Moema Gramacho (PT), prefeita de Lauro de Freitas e presidente do Consórcio Metro Recôncavo Norte.
De acordo com o prefeito de Camaçari, Elinaldo (DEM), uma nova reunião deve ser convocada nesta semana para mais uma avaliação do cenário. Desta vez, representantes do Ministério Público do Trabalho, Conselhos de Educação e sindicatos das categorias profissionais serão convidados a participar.
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