Publicado - 24 de Abril
2015 - Alderico Sena
O Brasil é um país em crise. Crise
que afeta o idoso e todas as outras idades. Se as perspectivas dos velhos são
poucas, o mesmo acontece com os jovens, para os quais o caminho há de ser bem
mais longo e as possibilidades para o futuro bem menor.
O envelhecimento populacional é uma
realidade. Alguns países já vêem enfrentando essa questão há muito tempo.
Outros como o Brasil só agora começa a sentir este fenômeno, apesar de ações
isoladas e tímidas tentativas de estabelecer políticas de apoio aos idosos, tal
questão não tem compartilhado suficientemente com as preocupações de nossos
governantes.
No ano de 2020, o Brasil será o
quinto pais em população de idosos com 33 milhões de pessoas. O problema maior
que se coloca é a velocidade com que este envelhecimento ocorre e suas
conseqüências. Nos chamados países maduros, essa transição demográfica
aconteceu de forma gradual, com maiores possibilidades de enfrentar os
problemas decorrentes.
O Brasil conta ainda com problemas
adicionais, apenas como exemplo, podemos citar a Previdência Social, onde além
de termos que projetar o futuro, em função do rápido envelhecimento da
população, temos também que corrigir distorções do passado decorrentes de um
sistema previdenciário mal construído, como também mal gerido.
Ressaltamos, ainda, que o problema
maior nem é o envelhecimento da população no Brasil, mas, sim, o envelhecimento
sem saúde e sem qualidade de vida. Neste contexto, os velhos retratam a
exclusão do saber, do ter e, principalmente, do ser, tendo em vista que muitos
não sabem nem mesmo seus direitos, vivendo numa sociedade individualista, em
que as pessoas são valorizadas pelo que tem e não pelo saber. Portanto, é
fundamental despertar o ser do idoso e construir um projeto para a sua vida que
lhe confira significado, valorizando a sua capacidade de sonhar, de ter
vontade, desejar, criar, pois sem projetos não há vida. A educação deve
incentivar a cidadania a conciliar seus projetos individuais a coletivos, na
construção de um significado maior. O tema da velhice ainda é despolitizado,
até mesmo nas unidades de ensino é necessário buscar caminhos para politizá-lo.
A conquista de um novo lugar e
significado na sociedade, bem como a marca de uma nova presença do segmento idoso
passam pelo exercício pleno da cidadania, exercício este de dimensão do ser
político do homem. Deve-se ultrapassar a visão de que o idoso precisa de quem
lute e fale por ele, somente desta forma poderá ser estabelecida uma relação de
respeito efetivo entre o idoso e quem o cerca. Considerando que o
envelhecimento populacional é uma questão social, econômica, política e
cultural de responsabilidade do Estado, sociedade e da família. Por esta razão
o Movimento do aposentado do PDT defende a participação do aposentado,
pensionista e idoso na política para unidos elegerem seus representantes para a
Câmara de Vereadores na eleição de 2016, como qualquer outro segmento da
sociedade que tem o seu representante.
Hoje, o Brasil possui 31 (trinta e
um) milhões de aposentados que estão na expectativa de terem os seus direitos
respeitados, reconhecidos e valorizados por tudo que representaram e ainda
representam para este imenso Pais.
Senhora Dilma Rousseff,
conforme Oficio n° 002/2014 do MAPI/Bahia, encaminhado a Vossa Excelência,
solicitamos de publico reconhecer os direitos dos idosos para lhes garantir DIGNIDADE, conforme propostas apresentadas a essa
Presidência: PAC do Idoso – Hospital específico para o Idoso nos Estados da
Federação, acoplado de Farmácia com distribuição de medicamentos; Criação de
uma Secretaria Nacional de Proteção a Pessoa idosa; Extinção do Fator
Previdenciário e a reimplantação do PÉ NA COVA para devolução das contribuições
previdenciárias recolhidas pelo aposentado quando este deixar o mercado de
trabalho; Suspensão (Vetar) a retenção de Imposto de Renda sob o benefício do
aposentado, por ser uma bitributação, tendo em vista que trata de benefício e
não remuneração; Proibir publicidade na mídia de Instituição Financeira que
busca estimular a pessoa idosa, solicitar empréstimos, o que tem provocado
sérias violências para as pessoas idosas pelo Brasil e assegurar o reajuste de
todos os benefícios no mesmo percentual da concessão do salário mínimo.
Senhora Presidenta, Deputados
Federais e Senadores, envelhecer é um triunfo, mas para gozar da velhice é
preciso dispor de políticas publicas adequada que possam garantir um mínimo de
condições de qualidade de vida com dignidade. Todos os jovens têm dentro de si
o velho de amanhã.
ALDERICO SENA– Bacharel em Teologia, Sociedade e Política,
Vice-Presidente do PDT de Salvador, Presidente Estadual e Vice-presidente
Nacional do Movimento do Aposentado, Pensionista e Idoso do PDT- Partido
Democrático Trabalhista
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