Manifestações acontecem neste domingo, para pedir a saída da presidenta, e na quinta-feira, pela defesa do mandato
Rio - Das urnas para as ruas mais uma vez. Quatro meses depois, o governo Dilma Rousseff volta a ser alvo de manifestações nesta semana. Hoje, milhares de pessoas protestarão em 200 cidades Brasil afora, segundo os organizadores, para pedir a saída da presidenta. E na quinta-feira, atos puxados por centrais sindicais, organizações do movimento estudantil e partidos políticos defenderão o mandato da petista, sem deixar de lado as críticas ao ajuste fiscal e os ataques ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Se em março e abril movimentos como o Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre e Revoltados Online divergiram sobre métodos e pautas, organizadores acreditam que agora, enfim, todos marcharão juntos. E a presença de defensores de um golpe militar contra a presidenta nas passeatas é tratada como um eco da democracia. “O Vem Pra Rua é contra intervenção militar, defendemos a saída da Dilma pelas vias democráticas. Os intervencionistas vão aparecer, porque a indignação é tanta que leva a isso”, relativiza a estilista Adriana Balthazar, 45 anos, uma das lideranças do Vem Pra Rua.
Desta vez, a novidade é a declarada presença de políticos no ato. O PSDB, do candidato derrotado à Presidência e senador Aécio Neves (MG), usou a TV para convocar o protesto pró-impeachment, e parlamentares aproveitarão para fazer campanha visando as próximas eleições. Exemplo é o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), ícone da nova direita, que levou seu clã para participar do ato em Fortaleza. .
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