13 de maio de 2014

O QUE SERÁ DA EDUCAÇÃO NO PAIS PÓS ELEIÇÃO?


                                     OPINIÃO DE MARCELO SANTANA





As convenções partidárias não foram realizadas, mas os principais candidatos a presidência da República se comportam como se em campanha estivessem. E o TSE? Ora, o órgão máximo da Justiça Eleitoral do país fecha os olhos e faz ouvido de mercador. 

Darcy Ribeiro em sua obra "O povo brasileiro", faz uma reflexão sobre a nossa origem e as perspectivas  futuras para o país e qual o legado para as futuras gerações. Em uma das suas célebres citações diz o mestre:  O Brasil, último país a acabar com a escravidão tem uma perversidade intrínseca na sua herança, que torna a nossa classe dominante enferma de desigualdade, de descaso.”  

Para Darcy  a raiz dos males esta na educação, o que deve ter inspirado  Cristóvão Buarque, senador do PDT e  ex-candidato a presidência, a ter como sua principal bandeira de sua campanha  a federalização de uma educação pública de qualidade para o nível básico (ensino pré-escolar, fundamental e médio), vista como pré-requisito para a solução de todos os demais problemas brasileiros a médio e longo prazos Ocorre que o senador, rotulado como candidato de uma nota só, não foi bem entendido e terminou as eleições de 2006 com 2,64% dos votos válidos no primeiro turno.

Voltando a pré-campanha ou campanha antecipada de 2014 os candidatos Dilma, Aécio e Campos estão sendo comedidos nas suas falas sobre vários temas de interesse nacional e esse padrão deverá continuar durante todo o processo eleitoral. Não vou divagar sobre os vários problemas brasileiros, mas acredito que assunto mal resolvido da escravidão, que Darcy se refere na citação acima,  aliada a herança da  educação conservadora e elitista dos conventos, se convergem de forma irresistível e nos faz refletir sobre a proposta de federalizar o sistema no pais, afinal estamos na UTI, pois no ranking internacional de educação com 40 países ficamos na 38ª posição, à frente somente do México e da Indonésia. 

O que realmente pensam os nossos candidatos sobre o tema? A sociedade não deseja propostas superficiais, afinal o colapso da educação brasileira atinge a todas as classes sociais e de uma forma direta a segurança pública do país, pois não podemos somente construir presídios como forma de conter os altos índices de  criminalidade. Porque não investirmos na cidadania, através de um novo modelo de educação? Com a palavra os candidatos.

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