16 de dezembro de 2013

MÉDICA RESPONDERÁ EM LIBERDADE PROVISÓRIA

Médica acusada de provocar acidente que matou irmãos é libertada da prisão

Kátia Vargas vai responder processo em liberdade
Médica é acusada de provocar acidente que matou irmãoR7 Bahia
A médica Kátia Vargas foi solta do Presídio Feminino, em Salvador, na noite desta segunda-feira (16). A oftamologista estava presa desde o dia 17 de outubro, quando teve alta do Hospital Aliança. Segundo informações do advogado de defesa, Sérgio Habib, agora à noite a médica vai passar por alguns exames em um hospital particular da capital baiana. De acordo com o advogado, Kátia está com tosse e vai ser avaliado seu quadro clínico.
A decisão é do juiz Moacyr Pita Lima, que presidiu as duas audiências de instrução do caso. A oftalmologista foi pronunciada por duplo homicídio com três qualificadores e vai a júri popular. A médica vai responder ao processo em liberdade.  Os promotores vão recorrer da decisão.
Na última quinta-feira (12), a médica foi ouvida durante audiência no Fórum Criminal de Sussuarana. Ela negou ter colidido com a moto em que os irmãos estavam.

Perito contratado pela família da médica aponta erros na tragédia de Ondina

Ricardo Molina diz que o fato que chocou a Bahia foi um acidente de trânsitoReprodução/Record Bahia
O perito Ricardo Molina recebeu a imprensa em um hotel de luxo, em Salvador, nesta segunda-feira (16), para falar sobre o laudo do caso da médica Kátia Vargas. Molina utilizou gráficos e imagens que mostram o local e os veículos envolvidos no acidente para apresentar as conclusões da defesa em relação ao material que foi divulgado, até agora, sobre o caso.

O laudo particular, contratado pela família da médica, aponta quatro “mitos” entorno da tragédia. Um dos questionamentos da defesa é de que não há evidencias materiais que confirmem a colisão entre o carro da oftalmologista e a moto dos irmãos Emanuel e Emanuele Gomes, 21 e 23 anos, que morreram no acidente no bairro de Ondina.

O perito também criticou o trabalho da delegada que ficou a frente do caso. Para ele, a titular da delegacia do Rio Vermelho baseou o inquérito policial em um depoimento infundado e contraditório.
— A delegada cita no seu pedido de prisão preventiva que o carro atingiu violentamente o fundo da moto.
De acordo com Molina, a única pessoa que afirmou isso mudou seu depoimento quando foi a juízo, mudou completamente seu depoimento.
Leia mais notícias no R7 BA

Os outros dois “mitos” seriam a ausência de uma discussão no trânsito e a perseguição.

O laudo apresentado pelo perito foi anexado ao processo e já está nas mãos do juiz responsável pelo caso. Depois do depoimento da médica, na ultima quinta-feira, a defesa e a acusação aguardam o pronunciamento de Moacir Pitta Lima para conhecer os próximos passos do caso.

Na segunda audiência de instrução a oftalmologista, que foi ouvida pela primeira vez, negou ter batido o veículo que dirigia contra a moto onde estavam os jovens. O juiz já havia ouvido 16 testemunhas entre defesa e acusação.

A tragédia foi no dia 11 de outubro, quando Emanuel que estava de moto com a irmã na garupa teria se desentendido com a médica. Minutos depois motocicleta se chocou com o poste e os jovens morreram na hora.
Ricardo Molina tem uma vasta experiência na área criminal. Ao longo dos 25 anos de carreira já cuidou de casos de grande repercussão nacional, como o do casal Nardoni, de Suzane Richthofen, de Fernandinho Beira Mar e do acidente dos Mamonas Assassinas, e agora ele diz que o fato que chocou a Bahia foi um acidente de trânsito.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário