RECESSÃO E DESEMPREGO: UMA NOVA REALIDADE PARA OS BRASILEIROS.
O desempenho do comércio no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2015 teve queda de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse é o pior resultado para o setor nessa base comparativa desde 2009, quando o resultado foi de queda de 7,5%. Segundo o economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Fabio Bentes, o resultado é compatível com o momento atual da atividade comercial, cujas vendas recuaram 5,3% ante os três primeiros meses do ano passado.
“A percepção de que a trajetória da inflação entre em declínio poderá permitir que haja alguma recuperação no PIB a partir do segundo semestre”, afirmou Bentes. Entretanto, a expectativa de que a taxa de juros mantenha tendência de elevação até o final de 2015 (13,75% ao ano, segundo o último relatório semanal do Banco Central) não permitirá a reversão do atual cenário de contração da economia e do consumo final das famílias até dezembro (-1,3% e -0,6%, respectivamente, segundo previsões da CNC).
Resultados do PIB
Segundo os dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira, 29 de maio, o PIB encolheu 0,2% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Indústria (-0,3%) e serviços (-0,7%) puxaram a perda no nível de atividade econômica nessa base comparativa. O único destaque positivo pelo lado da oferta foi a agropecuária, que acusou alta expressiva de 4,7% no período – seu melhor resultado desde o terceiro trimestre de 2012. O novo resultado negativo do PIB do comércio (-0,4%) não surpreendeu, levando-se em conta que as vendas caíram 4,0% ante o trimestre anterior, já considerados os ajuste sazonais.
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