Soteropolitanos foram surpreendidos no início da tarde desta terça-feira (19) com uma paralisação de rodoviários. Dissidentes do acordo aceito pela maioria da categoria, durante assembleia, resolveram cruzar os braços deixando centenas de pessoas sem horário para chegar aos seus destinos. O grupo continua irredutível e mantém paralisação. No entanto, o secretário de Mobilidade, Fábio Mota, garantiu a frota mínima de 40%, na noite desta terça e a totalidade dela na quarta-feira.
O grupo parou as atividades nas estações da Lapa, Pirajá e Mussurunga, por volta das 16h, causando transtorno em diversos pontos da cidade na noite de hoje. Durante reunião com os rodoviários, por volta das 20h, o secretário ouviu as queixas do grupo, que continua afirmando que a proposta não foi discutida com toda a categoria. “Nem eles sabem o que querem. Ouvi, mas não consegui entender. Eles não sabem o que foi aprovado e estão querendo um reajuste a mais de 0,75%”, disse Mota.
Os dissidentes cobram o reajuste salarial de 10,75%, proposta pelo Ministério Público ao iniciar as negociações no fim do mês de abril. No entanto, o que foi aprovado hoje é um aumento de 10%, mais gratificação do Carnaval e participação nos lucros, o que segundo o secretário, é maior que a reivindicação do grupo.
Ainda foi aprovado pela maioria, reflexo do reajuste sobre todos os itens econômicos cabíveis; ticket refeição no valor de R$15,40 com desconto máximo de 12% do seu valor; inclusão da contratação de mulheres nas áreas operacionais das empresas de transportes, observado os critérios de seleção e manutenção das clausulas da Convenção de 2014, no que couber.
Para alguns sindicalistas, a paralisação do grupo é para além de reinvindicações trabalhistas, mas pelo comando da direção do sindicato. Outros apontam que a insatisfação da gerência é grande, mas temem represálias e até ameaças de morte.
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