7 de agosto de 2017

TRISTEZA, DESENCANTO E DECEPÇÃO EM SANTO AMARO DE IPITANGA (LAURO DE FREITAS)

OPINIÃO DE MARCELO
Nesse momento analiso com tristeza e desencanto a realidade do município de Lauro de Freitas, 7ª economia do Estado da Bahia e tão dividido, tão desigual. Lembro dos meus tempos da Escola São Jorge e do Colégio Ipitanga, naquela época era tudo muito difícil na nossa Santo Amaro de Ipitanga, mas éramos mais felizes, talvez por não compreendermos a nossa própria realidade. O município cresceu economicamente, dentro dos seus exíguos 59 km², a sua população multiplicou assustadoramente, os problemas sociais e de desemprego se tornaram crônicos. A história moderna de Lauro começa com a queda da área de segurança nacional em 1985 com a eleição de Paulo Rosa (PTB), um gestão desastrosa marcada pela destruição das dunas de Ipitanga e desmandos administrativos, a partir de 1988 até 2004, iniciou-se a era de Leão com a implantação da politica de resultados através da atração de novos empreendimentos com imensas áreas publicas desafetadas para favorecer o empresariado local, dá-se inicio as contrapartidas, empregabilidade era uma palavra desconhecida. O bolsão de miséria cresce, aliado ao desprezo pelo meio ambiente, a violência germina. A eleição de 2004 dá inicio a um período de 8 anos do PT, uma gestão marcada pelo marketing e timidamente se esboça um discurso pela viabilidade de empregos aos locais, a saúde e a educação foram replicas dos governos passados, gerando desencanto e revolta, em 2012 o PT é derrotado pelo discurso do candidato do PP de Leão que dizia "recursos existem, mas não são bem administrados". Embora houve uma melhoria na saúde, a educação continuou confusa e sem proposta, novamente desencanto e tristeza culminando com o retorno do PT, através da candidatura da ex-prefeita que se elegeu deputada e de novo voltou a ser prefeita, com o discurso de "colocar a cidade nos trilhos" foi eleita. São 08 meses de governo petista, a violência dispara, a decepção é percebida nos rostos dos moradores, o desemprego e a tristeza rondam nosso município. Entendo que o título de 2º município mais violento do Brasil diagnosticado pelo Mapa da Violência não é um atributo só da atual gestão, mas sim da soma de todas essas gestões que deveriam pedir desculpas ao nosso povo. Então será que esse Fla X Flu politico, PP X PT, PT X PP não exauriu? Não é demodê? O município foi devidamente planejado para que não chegasse a essa situação? E agora o que vamos fazer? Na democracia aprendemos a mudar com o voto, somos uma síntese do que acontece no país afora, mas vamos nos erguer com a clava forte e não fugirmos à luta, afinal a democracia é sempre um aprendizado, nada melhor que o futuro para dar um novo rumo a essa terra de tradições, história e batalhas.

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