30 de maio de 2017

“Não faço nada de errado, eu só trafico droga”, diz Perrella a Aécio


 
No dia 13 de abril, a Polícia Federal interceptou uma conversa telefônica entre o senador Aécio Neves, do PSDB, e o colega Zezé Perrella, do PMDB.
 
No diálogo, Aécio cobra fidelidade de Perrella e lhe dá uma dura pelo fato de o aliado ter dado uma entrevista à rádio Itatiaia de Minas Gerais se gabando de não estar na lista de Janot e no “mar de lama” do Brasil.
 
“Acho que não preciso provar o quanto sou seu amigo na vida, né, cara. Então vou te falar como amigo, com a liberdade de amigo. Poucas vezes vi uma declaração tão escrota, Zezé, como essa que você deu na rádio Itatiaia”, diz Aécio.
 
Uma versão editada foi divulgada no DCM. Agora o jornal Hoje em Dia colocou no ar a gravação na íntegra. Você pode conferir abaixo. Perrella cita o caso do Helicoca. “Qual a maneira que eu encontrei de rebater essas coisas que eles falam de mim do helicóptero até hoje?”, afirma.
 
E completa, adiante: “Eu não faço nada de errado, eu só trafico droga”. Aécio ri.

29 de maio de 2017

Greve dos vigilantes completa 6 dias e paralisação afeta funcionamento de bancos e do INSS

Greve dos vigilantes completa 6 dias e paralisação afeta funcionamento de bancos e do INSS
Foto: Jefferson Fernandes/ Sindvigilantes
A greve dos vigilantes na Bahia completa seis dias nesta segunda-feira (29) e os serviços bancários e de atendimento no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) seguem comprometidos na capital e Região Metropolitana.
Sem vigilantes em serviço, a maioria das agências está fechada desde a última quarta-feira (24), como as unidades localizadas no centro de Salvador. De acordo com o Sindicato dos Bancários, apenas o autoatendimento está mantido nestes locais.
No INSS, as perícias agendadas para esta segunda foram mantidas mas, de acordo com a assessoria, em algumas agências está sendo realizado o reagendamento do atendimento para outros dias. Na última quarta-feira, alguns atendimentos foram suspensos.
De acordo com o Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança e Vigilância do Estado da Bahia (Sindivigilantes), uma nova reunião de negociações entre os vigilantes e os patrões está marcada para a terça-feira (30). A principal reivindicação da categoria é o reajuste salarial de 15%.

28 de maio de 2017

OS BRASILEIROS MERECEM RESPEITOS


http://blogmarcelosantana.blogspot.com.br/ A questão não é "coxinhas", "mortadelas" e nem "batedores de panelas" odeio essas rotulações e acho uma palhaçada isso, não podemos dividir o Brasil. O que queremos é um presidente sério despido de ideologia partidária, que pense no povo, que pense na retomada da economia do pais, que pense nas estradas, na saúde, na redução dos cargos públicos, que não seja refém de partidos nem de deputados e senadores, que pensem na educação, que não roubem e nem deixem roubar,chega de demagogos.Os brasileiros merecem respeitos, Chega de PT, chega de PSDB, chega de pês.

OS MUNICÍPIOS SÃO OBRIGADOS ATÉ 31 DE DEZEMBRO A DESENVOLVERAM O PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO. LAURO DE FREITAS ESTA ATRASADO A DEZ ANOS.






NEGLIGENCIA DOS GESTORES DE LAURO DE FREITAS NÃO PERMITIU QUE ATÉ O MOMENTO O MUNICÍPIO TIVESSE ELABORADO O PLANO, ATÉ HOJE NÃO TEMOS SANEAMENTO BÁSICO, TODO O ESGOTAMENTO DA SEDE É JOGADO NO RIO IPITANGA, ITINGA NO RIO GORÓ E OUTROS RIOS, PORTÃO NO RIO JOANES E POR AI VAI QUE POR SUA VEZ CONTAMINAM A PRAIA DE BURAQUINHO E PARTE DE VILAS.. OS LENÇÓIS FREÁTICOS ESTÃOCONTAMINADOS POR CONTRA DAS FAMOSAS FOSSAS SÉPTICAS TÃO INCENTIVADAS PELOS GOVERNANTES, OS CRIMES AMBIENTAIS EM LAURO SÃO NOTÓRIOS, a LEI Nº 11.445, DE 5 DE JANEIRO DE 2007.Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências, portanto o município deve promover audiências publicas e chamar a EMBASA à responsabilidade, assim esperamos. 

27 de maio de 2017

Aldeia é destruída e incendiada durante o despejo de 67 famílias Kariri Xocó na Bahia

A transferência da área para a Funai estava acertada e em curso. As tratativas foram iniciadas há mais de um mês em processo administrativo na Secretaria do Patrimônio da União


Assessoria CIMI
Aldeia é destruída e incendiada durante o despejo de 67 famílias Kariri Xocó
 
Por Renato Santana, do Cimi
O que não foi possível de ser retirado da aldeia pelos indígenas Kariri Xocó de Paulo Afonso, sertão baiano, os tratores demoliram. A maloca de reza da aldeia foi a primeira estrutura a ser destruída. Para impedir que os indígenas retornassem, tudo foi incendiado – incluindo as plantações, em parte cultivada pelas crianças. Enquanto a aldeia queimava, os 170 indígenas rumaram para uma escola desativada há cinco anos, ladeada pelo pátio de terra batida de uma Igreja, do outro lado da BR-423. Sem luz e água, passaram a madrugada amontoados sobre sacolas, malas e trouxas de roupas.
A aldeia ficava às margens do Rio São Francisco e sob o Reino Encantado da Cachoeira de Paulo Afonso. A reintegração de posse ocorreu na última quinta-feira (25). Ao todo, moravam no local 67 famílias. Há quase dois anos vivendo nesta retomada de dois hectares, os Kariri Xocó estruturaram uma aldeia pungente que se esvaiu aos olhos de todos em poucas horas.
“Nesse momento me sinto muito triste. O despejo é triste. Você ver a casa, o seu teto, uma vida feliz sendo acabada. A gente passar mais uma vez um sufoco desse. Não é a primeira vez. No dia anterior, contamos por volta de uns 80 policiais, retroescavadeira. Tudo para demolir uma aldeia numa terra da União. Esse governo, essa Justiça. Todo mundo vê o que está acontecendo, quem são eles. Se pensa que vai ter Brasil fazendo isso com o povo indígena, se engana”, diz Antonio Santos Kariri Xocó de Paulo Afonso.
A área, de 170 hectares no total, esteve antes abandonada durante 30 anos e pertence ao DNIT, portanto, da União. No entanto, o órgão federal afirmou não ter interesse e a transferência para a Funai estava acertada e em curso. As tratativas foram iniciadas há mais de um mês em processo administrativo na Secretaria do Patrimônio da União (SPU).
Queimada da área onde os índios viviam
Com este argumento, o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Advocacia-Geral da União (AGU), responsável pela Procuradoria da Funai, pediram ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Brasília, que a suspensão de 45 dias da reintegração de posse requerida pela UZI Construtora passasse a contar apenas depois de ouvidas testemunhas e levando em consideração que uma solução foi encontrada pelo governo federal para evitar o despejo.
Nesta quinta-feira, 25, o desembargador Kassio Marque, do TRF-1, manteve a reintegração alegando, inclusive, que diferente do que ocorreu esta semana em Redenção (PA) – onde dez trabalhadores rurais foram mortos pela polícia – o procedimento vinha ocorrendo sem conflito e poderia seguir adiante.
Marque frisou no despacho, que no dia 24, quarta-feira, chegou a deferir uma prorrogação de 30 dias do despejo, atendendo ao pedido do MPF, DPU e AGU. No entanto, por conta dos protestos em Brasília, duramente reprimidos pela Polícia Militar, o tribunal foi evacuado e não houve tempo hábil para que a decisão fosse publicada. Na manhã do dia 25, o juiz João Paulo Pirôpo de Abreu, da Justiça Federal de Paulo Afonso, que atuou de forma contumaz pelo despejo até o seu desfecho, informou ao desembargador que tudo estava correndo bem na reintegração iniciada um pouco antes da conversa. Não se fazia necessária a suspensão.
A reintegração da área pública, na verdade, beneficiou uma empresa privada. De acordo com o defensor federal Átila Dias, “ao contrário do que alega a Uzi Construtora (representada por dez advogados), que afirma ser cessionária e ter a posse do terreno da União, moradores da localidade afirmam que há mais de 20 anos o terreno não possui destinação social nem econômica”.
O local, conforme moradores do entorno, era usado para a prática de crimes. Há relatos de que a pequena vila abandonada, então em escombros antes da chegada dos indígenas, era usada para consumo de drogas, estande de tiros, estupros, desova de corpos. Conforme os autos, a Superintendência do Patrimônio da União foi convocada para prestar depoimento à Justiça, no curso do processo, e confirmou que o terreno é de propriedade da União.
Acontece que os autos processuais – desaparecidos, de acordo com o MPF, DPU e Cimi, até a execução da reintegração, na quinta, 25 – não foram devolvidos à Subseção Judiciária de Paulo Afonso. De tal modo que, para as instituições envolvidas na defesa dos indígenas e a própria comunidade, o prazo de 45 dias de suspensão concedido pelo TRF-1 sequer havia começado a correr.
“Consideramos uma traição da Justiça. Como um processo desaparecido está valendo? A Funai não sabia do despejo. Não tivemos tempo de defesa. Até segunda, terça-feira existiam dúvidas se o despejo ia ocorrer ou não. Se era verdade ou boato. Estávamos felizes porque a terra ia ser transferida para Funai, tudo direitinho. De repente esse golpe, sem a gente se preparar para receber”, declarou em prantos o cacique Jailson dos Santos Kariri Xokó de Paulo Afonso.
Para a DPU, MPF e AGU, o prazo da execução do despejo deveria ser indeterminado para que os trâmites legais de regularização fundiária da terra pudessem ocorrer. Todavia, propuseram ainda medida alternativa: “Mais 90 dias a fim de que as instituições envolvidas, após o devido acesso ao processo, consigam elaborar o plano de proteção à comunidade vulnerável”, diz o defensor Átila Dias. Ao lado dos indígenas durante todo o despejo, brigando até o fim para a reversão da ordem, o Procurador da República em Paulo Afonso, Bruno Jorge Rijo Lamenha Lins, está convicto de que além de terra da União, “nos autos há dúvidas sobre qual a área a ser reintegrada”.
Uma semana antes da reintegração, os Kariri Xocó de Paulo Afonso estiveram com o juiz de primeira instância João Paulo Pirôpo de Abreu, que mesmo entendendo que a área pertence à União, e silenciando diante da dúvida pertinente quanto à área a ser reintegrada, afirmou se tratar de uma possessória, ou seja, a construtora apresentou documentos de posse e que certo ou errado, a função do juiz é decidir; e a decisão dele estava dada.
“É preciso dizer que agora esse juiz está dizendo que foi ele quem conseguiu a escola e a igreja para ficarmos. Não é verdade, quem olhou pela gente nisso foi o Dr. Bruno (MDF) e a Dra. Luciana Cury (DPU)”, protesta Denise Kariri Xocó de Paulo Afonso.
Ângelo Bueno/Cimi Regional Nordeste
Indígenas Kariri Xocó de Paulo Afonso
“O que ocorreu foi uma das maiores injustiças que um povo pode viver. Foram despejados de seus lares, perderam suas matas, perderam suas plantações e tiveram suas casas derrubadas e queimadas, numa ação truculenta e arbitrária da polícia e de um juiz racista, cruel, anti-indígena”, ataca Alzení Thomáz, da Comissão Pastoral dos Pescadores (CPP).

O missionário indigenista Ângelo Bueno, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Regional Nordeste, diz que ao chegar em Paulo Afonso encontrou um ambiente “muito desolador, de muita tristeza e alguma esperança, pois o MPF informou que vai recorrer para garantir que eles voltem”.
De acordo com os Kariri Xocó ouvidos, e que pedem para não ser identificados temendo represálias, há denúncias de que foram humilhados, acusados de serem falsos índios e chamados de bichos por integrantes não identificados da equipe que estava com as forças policiais durante o despejo. A comunidade encaminhou a denúncia às autoridades competentes, e também presentes na ação policial ao lado de organizações de direitos humanos. Para Alzení, da CPP, foi uma das mais truculentas e absurdas reintegrações que ela já testemunhou em décadas de atuação nas Pastorais do Campo (CPP, Cimi e CPT).
Os indígenas estavam prestes a ter segurança alimentar garantida com a domesticação do território. Macaxeira, milho, feijão de vários tipos, hortaliças e legumes, frutas variadas, galinha de capoeira e o peixe do rio. “A comida estava garantida até o final do ano. Nossa medicina tinha farta também, vamos ver como ficou depois do fogo”, diz o indígena José Francisco dos Santos.
A Funai e o MPF, além de recorrer da decisão, irão tomar medidas para garantir que o povo tenha acesso a políticas públicas. De acordo com o cacique Jailson, o objetivo é seguir na luta pelo território em que estavam – não aceitam ficar na área em que se encontram. “Por que a gente não pode ficar na terra que está na frente da nossa, só faz atravessar a rodovia? Porque a gente não quer qualquer área, queremos a habitada pelos nossos Encantados e que possibilite a nossa cultura, a vida das gerações futuras. Terra de índio é assim. Onde estávamos tem tudo isso, locais de ritual, medicina, plantação, tá perto da cachoeira sagrada, do rio. E é bom que saibam: não queremos o que é dos outros porque a terra sempre foi nossa”, explica.

Os deputados e senadores financiados pela JBS, de acordo com a delação

Delatores afirmam que a maioria dos repasses, mesmo aqueles registrados na Justiça eleitoral, era propina. Parlamentares negam irregularidades



Senadores
* Valores não informados
Deputados

NOSSO ABRAÇO AOS AGENTES DE LIMPEZA DE LAURO DE FREITAS E DA BAHIA

Parabéns aos agentes de limpeza de Lauro de Freitas e toda a nossa Bahia. Vocês são responsáveis  pela limpeza urbana diariamente. Precisam ser mais reconhecidos e valorizados em nossa cidade.

DEPUTADOS GASTAM MILHÕES NAS CAMPANHAS ELEITORAIS GRAÇAS AO "ESQUEMA" COM EMPRESAS.

http://blogmarcelosantana.blogspot.com.br/ DEPUTADOS FEDERAIS DA BAHIA QUE RECEBERAM DOAÇÕES DOS IRMÃOS BATISTAS DA JBS. O PC do B foi o partido mais "prestigiado" com toda a sua bancada federal.
Alice Portugal – PC do B – R$ 400.000,00
Benito Gama – PTB – R$ 284.774.00
Cacá Leão – PP – R$ 650.000,00
Davidson Magalhães – PC do B – R$ 600.000,00
Daniel Almeida – PC do B – R$ 599.986,00
João Carlos Bacelar – PR – R$ 600.000,00
José Rocha – PR – R$ 300.000,00
Lúcio Vieira Lima – PMDB – R$ 200.000,00
Mário Negromonte – PP – R$ 850.000,00
Roberto Brito – PP – R$ 1.100.000,00

GRANDE POETA EVANGELISTA DE TODOS NÓS!

http://blogmarcelosantana.blogspot.com.br/
QUANDO SETEMBRO VIER!...
(evangelista da silva)
Ah!...
Quando setembro vier!...
As flores em primavera...
Felizes e alegres a bailar farão festas...
E em festas de primaveras...
Embriagado de amores: Ana, Adry, (aninha)...
Torto e coxo de felicidades...
Certamente
Estarei velho...
Ainda assim...
Decrépito e chato...
Sairei correndo envergado
Até a Feira de Santa Ana...
Chegando a Princesa do Sertão...
Gritarei como o trovão o teu Santo Nome...
Oh minha doce e querida Ana!...
Atirar-me-ei em teus braços...
E teus doces pés beijarei
Como ponto de partida...
Para alcançar os teus lábios querida...
Oh Mar de prazer e loucura!...
Banhar-me-ei de suor, amor e vida!...
Amar-te-ei em plena Avenida...
Avenida Maria Quitéria...
E descarrilado lá se me vou trem bala
Neste cenário deserto...
Onde o nosso Amar declamará versos...
Gemendo Doces Sinfonias...

Neto admite candidatura ao governo em 2018: vamos estar na luta ano que vem

"Se o povo da Bahia quiser, vamos estar na luta no ano que vem", afirmou o prefeito de Salvador, ACM Neto, ao não descartar a possibilidade de disputar as eleições governamentais de 2018, em pronunciamento na abertura do Encontro Estadual da Juventude Democratas, na manhã deste sábado (27), no Hotel Golden Tulip, na capital baiana.

 
Diante de mais de 400 jovens de 68 cidades baianas, reunidos no evento, Neto afirmou que "há um clamor de mudança e renovação no coração dos baianos", assinalou o prefeito de Salvador.
 
Para ACM Neto, há um desejo geral de se realizar em todo o estado o que tem sido feito na capital. "Quem vê Salvador hoje, depois dos últimos quatro anos, enxerga muitos avanços, consequência de trabalho e compromisso com a palavra. Não prometemos o que não podemos cumprir".
 
 
Na oportunidade, Neto aproveitou para criticar o PT. "Mesmo com o país em crise, estamos inaugurando uma obra por dia, enquanto, em 12 anos, o governo estadual do PT não inaugurou uma nova escola em Salvador".
 
Afirmando que sua gestão na capital "não vende pedaço de terra na lua", ACM Neto observou que quem liga a tevê vê um estado maravilhoso, bem diferente da realidade das ruas. "Fico abismado com a irresponsabilidade dos gastos e mentiras contadas pelo governo nas peças publicitárias". Segundo ele, as obras estruturantes no interior não saem do papel, e serviços essenciais de saúde e educação não funcionam. "A segurança pública em nossa terra faliu! Antes do PT havia enfrentamento correto, justo e honesto ao banditismo. Hoje somos reféns da violência que vitima milhares de baianos, principalmente, jovens, negros e pobres", afirmou o prefeito de Salvador, criticando ainda a oportunidade desperdiçada de a Bahia crescer enquanto o Brasil se expandiu economicamente.
 
"Perdemos competitividade e capacidade de gerar emprego e renda no estado. Podíamos estar numa situação bem melhor", disse Neto, ressaltando que o jeito democrata de governar é diferente. Para provar isso, anunciou o lançamento, na próxima segunda-feira (27) do programa de investimentos Salvador 360°.
 
O plano contará com investimentos da ordem de R$ 3 bilhões para reativar a economia da capital, por meio de desburocratização, transformações urbanísticas, atração de novos negócios e geração de empregos.
 
"Salvador sairá da crise antes do Brasil", garantiu Neto. O evento contou com a participação do deputado federal José Carlos Aleluia, do coordenador regional do DNOCS, Heraldo Rocha, dos vereadores Alexandre Aleluia e Maurício Trindade, além dos prefeitos de Santo Amaro, Flaviano Bomfim, e de Caculé, Beto Maradona. O secretário-chefe de Salvador, João Roma, também esteve presente.

26 de maio de 2017

PDT sinaliza apoio a Coronel na chapa majoritária de 2018



o
 
 
Apesar de afirmar categoricamente que irá deixar a política após o término do mandato como deputado estadual, e até anunciar o filho, Diego Coronel, como sucessor, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Angelo Coronel parece cobiçar uma vaga na chapa majoritária para concorrer ao governo da Bahia nas eleições de 2018. Ele se reuniu nesta sexta-feira com o presidente do PDT, deputado federal Felix Mendonça e no almoço o tema das próximas eleições foi pauta. 
 
Na postagem na noite de hoje na rede social, Coronel  fez questão de iniciar o texto com uma fala de Felix Mendonça, coordenador da bancada baiana no Congresso, demonstrando seu apoio ao possível candidato.  “O presidente da Assembleia Legislativa, Angelo Coronel reúne todas as condições que um político necessita para compor a chapa majoritária que vai concorrer ao governo da Bahia em 2018. Acredito que ele ainda tem muito que dar pela Bahia”, diz Felix Mendonça, durante o almoço que reuniu lideres partidários e representantes da Confederação de Maçonaria Simbólica do Brasil. 
 
Coronel faz parte da base aliada do governador Rui Costa, mas se tornou presidente da Alba com apoio da oposição da Casa Legislativa, liderada pelo prefeito ACM Neto, que possivelmente será concorrente de Rui na disputa pelo Palácio de Ondina. 

Vitória acerta empréstimo de Cuéllar junto ao Flamengo

O Vitória está próximo de anunciar sua próxima contratação para a sequência da Série A. Após o atacante Neilton, o Rubro-Negro deve confirmar a qualquer momento a chegada de Cuéllar.
 
O Leão chegou a um acerto com o Flamengo, que detém o passe do volante, nesta sexta-feira (26) para o empréstimo até o final do ano. Agora, apenas detalhes impedem o anúncio da contratação pelo clube baiano, que deve pagar integralmente seus salários.
 
O jogador é esperado em Salvador na próxima segunda-feira (29) para se reunir com a diretoria rubro-negra, acertar os últimos detalhes do contrato e ser anunciado.
 
Aos 26 anos, o colombiano Cuéllar se destacou por dois clubes do seu país, o Deportivo Cali e o Atlético Junior. O atleta também brilhou nas Seleções Colombianas Sub-15, Sub-17 e Sub-20.
 
Comprado pelo Flamengo em 2016, o volante é bastante querido pela torcida do time carioca, que pede constantemente sua titularidade. Porém, ele não vem tendo chances com o técnico Zé Ricardo.
 

Delação da JBS gera pedidos de impeachment contra quatro governadores

Além do presidente Michel Temer, quatro governadores já foram alvos de pedidos de impeachment por causa de acusações feitas nas delações premiadas dos donos e executivos da JBS. Em uma semana, os governadores de Santana Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará e Mato Grosso do Sul tiveram o impeachment pedido às assembleias legislativas.
 
Segundo a Folha de S. Paulo, Reinaldo Azambuja (PSDB-MS) e Camilo Santana (PT-CE) são acusados de terem recebido propina da JBS para bancar campanhas eleitorais em troca de benefícios fiscais. O petista teria recebido R$ 20 milhões em troca de créditos no ICMS. Já Azambuja, alvo de três pedidos, é acusado de receber R$ 10 milhões em doação oficial em troca de descontos tributários.
 
Em Santa Catarina, Raimindo Colombo (PSD) foi acusado de receber R$ 10 milhões em troca de favorecimento em uma licitação da Companhia de Água e Esgoto de Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB) teria recebido R$ 1,5 milhão de propina a pedido do senador Aécio Neves (PSDB).

23 de maio de 2017

RACISMO E XENOFOBIA CONTRA O POVO BAIANO: QUE ABSURDO.

Mulher diz que atentado em show deveria ter ocorrido na Bahia: "gente nojenta e escurinha"

Mulher diz que atentado em show deveria ter ocorrido na Bahia: 'gente nojenta e escurinha'
Foto: Reprodução/ Facebook
Uma mulher teve o perfil denunciado no Facebook, nesta terça-feira (23), depois que fez um comentário racista e xenófobo nas redes sociais. Em uma notícia que informava que 22 pessoas haviam morrido e outras 100 feridas vítimas do atentado, em Manchester, no show da cantora pop Ariana Grande, ela disse que o ataque terrorista deveria ter ocorrido na Bahia.
"Só lamento que tenha sido em Manchester e não na Bahia. Seria lindo ver aquele gente nojenta e escurinha da Bahia explodindo. Kkkkkkkkkkkk", escreveu. Internautas se revoltaram e pediram cadeia para a mulher. Um deles disse que ela era "um lixo de cidadã".

Integrante do Baralho do Crime é morto pela polícia na Engomadeira

Maurício Santos Cavalcanti era considerado um dos maiores distribuidores de drogas de Salvador

Um dos homens mortos no bairro da Engomadeira na noite desta segunda-feira (22) foi identificado como Mauricio Santos Cavalcanti, conhecido como Gordo ou Rabicó, integrante do Baralho do Crime. De acordo com informações do site do Baralho do Crime, ele é conhecido por atuação intensa no tráfico de drogas do bairro. Ele fazia parte do Baralho desde junho de 2015 e, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) era um dos maiores distribuidores de drogas de Salvador.
Segundo informações do posto da Polícia Civil no Hospital Geral Roberto Santos, Mauricio morreu em uma troca de tiros com policiais da Rondesp Central, na Rua Senhor do Bonfim. Os policiais fizeram um cerco nas ruas Senhor do Bonfim e Santo Agostinho quando avistaram vários homens armados que, de acordo com a polícia, estavam vendendo drogas e atiraram contra as viaturas.  

Chegamos ao fundo do poço


 Cíntia Kelly*
Quando chegamos ao fundo do poço, a única alternativa é dar um impulso e sair dele. No Brasil, a coisa não está funcionando assim. Aqui, o buraco é mais embaixo, é um fosso sem fundo. A delação dos ‘irmãos Friboi’, Joesley e Wesley, do grupo J&F, deixou o brasileiro sem presente e com um horizonte sem luz.
Está absolutamente tudo no breu. Na hipótese de Michel Temer, que, segundo delação, deu aval ao pagamento de propina pelo silêncio de Eduardo Cunha, deixar a presidência, seja por impeachment, pela cassação via Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ou uma remotíssima renúncia, o que temos é recrudescimento da crise política, da representatividade política.
Uma linha sucessória envolvida em denúncia. Uma possível eleição indireta como votos de um Congresso Nacional também chafurdado na lama. O que nos resta, se não a desesperança? As reformas são urgentes, sobretudo a política, mas como esperar que esses parlamentares legislem endurecendo regras contra eles mesmos?
Enquanto isso o Brasil sangra. A economia reagiu de forma negativa a mais essa hecatombe. A Bovespa caiu 10%. A tendência é que os números da economia também despenquem.
Com o fim do sigilo da gravação que mostra Temer dizendo para Joesley comprar o silêncio de Cunha, que sabe mais coisa envolvendo políticos como o presidente da República do que sonha a nossa vã filosofia, a tendência é piorar. E muito.
Pode, inclusive, surgir aí a delação de Eduardo Cunha. Quem na República sobreviverá? Ele conseguiu com suas manipulações derruba Dilma. Pode, ao que tudo indica, também derrubar Temer. E quem mais surgir? Só o tempo dirá. E o tempo, por ora, está contra os brasileiros.

22 de maio de 2017

CONCURSO NA EMBASA.


Embasa retifica edital de concurso e prazo para inscrição é prorrogado
Com as mudanças no edital, as inscrições serão reabertas a parti das 0h desta segunda (22), até às 23h59 do dia 12 de junho. As provas foram redefinidas para o dia 9 de julho e serão realizadas nas cidades de Salvador, Barreiras, Feira de Santana e Vitória da Conquista. O valor das inscrições é de R$ 60 para os cargos de de nível médio, R$ 80 para nível técnico e R$ 120 para as funções de nível superior. Os salários variam de R$ 1.122,84 a R$ 6.793,31. As inscrições para o concurso deverão ser realizadas pela internet, no site do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação.

RODOVIÁRIOS APROVAM ACORDO E SUSPENDEM GREVE



Em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira, a categoria rodoviária aprovou, por  unanimidade, o acordo proposto em reunião de conciliação no Ministério do Trabalho, no final da manhã de hoje, e suspende  a greve que estava marcada para a zero hora desta terça feira. “Não é a proposta dos sonhos mas e a melhor fechada até agora pela categoria rodoviária no país”, destacou o presidente Hélio Ferreira, pouco antes de colocar em votação o acordo proposto: 5% no salário, no ticket, no plano de saúde e no seguro de vida. O reajuste cobre a inflação de 3,99 e garante um ganho real maior que no ano anterior.
As empresas também vão disponibilizar um micro-ônibus e dois automóveis para capacitação de cobradores e para quem já tem trocar para classe D, pagar o dia 28/04 com compensação, quando a categoria aderiu à greve geral, e readmitir sete rodoviários. Em reunião com o prefeito de Salvador, também pela manhã, ficou acertado que o município vai doar ao sindicato um terreno nos Dois Leões, pagar a gratificação de Carnaval com reajuste em 2018 e manter a função de cobradores no sistema.
No Plano de Saúde, além de congelar, a contrapartida foi reduzida para R$ 30,00. Para os trabalhadores, que lotaram a quadra de esporte dos bancários, nos Aflitos, a proposta foi considerada uma avanço diante da conjuntura política e econômica. “Em plena crise econômica do país, em que poucas categorias conseguiram fechar acordo e ainda assim abaixo da inflação, nós conseguimos fechar com ganho real além de outras conquistas importantes”, avalia o diretor de imprensa Daniel Mota.

PONTO PARA A ANÁLISE DO GOVERNADOR RUI COSTA.

Após reunião com Dilma e Lula, Rui Costa pede união dos partidos


O governador Rui Costa (PT), usou as redes sociais nessa segunda-feira (22), para se posicionar a respeito da atual crise politica que o Brasil vem enfrentando, após se reunir, em São Paulo, com os ex-presidentes Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT).
Pelo Twitter, o petista afirmou que o bem do país deve ser maior que partidos políticos e confidenciou que está em busca de uma reunião com os governadores dos outros 25 estados, além do Distrito Federal.
“Estamos vivendo um dos mais graves momentos da história do Brasil. O nosso país é bem maior que os partidos políticos e suas diferenças ideológicas. Estou me movimentando, sugerindo uma reunião dos governadores. Que possamos, juntos, apresentar propostas e construir caminhos para a governança do Brasil”, publicou.
Rui já tinha afirmado em entrevista, não descartar a possibilidade de eleição indireta, caso o presidente Michel Temer (PMDB) deixe o Planalto. “Todas as propostas têm que ser analisadas”,
O governador tem adotado uma postura mais cautelosa no que diz respeito a tecer criticas ou defesas, tanto a oposição, quanto a aliados envolvidos nos últimos esquemas de corrupção denunciados pela Operação Lava-Jato.

GRAÇAS AO NOSSO SUOR E LÁGRIMAS OS CORRUPTOS SE BANQUETEARAM.

OPINIÃO DE MARCELO 

 Sinto por todos nós brasileiros enganados que fomos durante todos esses anos por políticos bandidos e partidos que venderam seus apoios por cifras milionárias. Nosso dinheiro que obtemos com lágrimas e suor que derramamos todos os dias irrigaram as contas do PMDB, PT, PSDB e outros, além de abastecer os cofres no exterior de Lula, Dilma, João Santana, Dirceu, Aécio, Serra, Cunha, Renan, os deputados federais e senadores do nosso país. O nosso dinheiro foi desviado para bancar empresas de bandidos como OAS, ODEBRECHT, JBS e outras via BNDES, de 2002 a 2015. Os impostos que pagamos serviu para consolidar a aliança espúria entre PT/PMDB e outros que ainda estão no poder desde 2002, pois é minha gente é com a nossa grana que mantemos Temer e uma corja de ministros e políticos investigados pela Lava Jato. #avantebrasil

21 de maio de 2017

"O associado precisa exigir a prestação de contas dos sindicatos", diz procuradora


Rosângela Lacerda, procuradora do trabalho - Foto: Igor Andrade | Divulgação | 15.05.2017
Rosângela Lacerda, procuradora do trabalho
I
A contribuição sindical obrigatória, que todo cidadão brasileiro com carteira assinada repassa compulsoriamente ao sindicato da categoria, equivalente a um dia de trabalho por ano, pode deixar de existir por força da reforma trabalhista. Esse item já foi aprovado pelos deputados e espera a votação do Senado para que a contribuição se torne facultativa. O projeto revisa uma arrecadação com natureza de tributo, cujo investimento ou ociosidade deve ser cobrado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) ou pelo próprio associado, como revela nesta entrevista a procuradora do trabalho Rosângela Rodrigues Dias de Lacerda, também professora adjunta da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e doutora em direito do trabalho e da seguridade social pela Universidade de São Paulo (USP).
Em que consiste a contribuição sindical?
A contribuição sindical é uma receita sindical ao lado de outras que estão previstas em lei. É uma das principais mantenedoras dos sindicatos, ao lado da mensalidade sindical que é paga por cada associado, portanto a associação é facultativa. Você se associa a um sindicato se quiser, mas o imposto sindical (ou atualmente denominado, contribuição sindical) é compulsório (todos pagam mesmo sem saber ou querer), e existe tanto para trabalhadores quanto para empregadores. Todos eles devem recolher.
"
É preciso que a destinação desta verba esteja prevista no estatuto do sindicato
.
Esta contribuição aos sindicatos possui alguma destinação específica?
Tem um dispositivo na CLT (artigo 592) que estabelece a destinação da contribuição sindical. Existe até certa controvérsia se esse dispositivo foi ou não recepcionado pela Constituição, mas o entendimento majoritário é de que ele foi, sim, recepcionado, e que é meramente exemplificativo. Ou seja, desde que exista razoabilidade na destinação daquelas verbas, é possível uma outra destinação que não esteja especificada no artigo 592. Por exemplo, prestação de assistência médica ou odontológica; utilização na administração do próprio sindicato; utilização para a aquisição de equipamentos (móveis e utensílios).
Os valores arrecadados pelos sindicatos podem ser usados a critério de cada presidente?
Não é a critério do presidente do sindicato, é a critério do estatuto do sindicato. Então, é preciso que a destinação desta verba esteja prevista no estatuto do sindicato, que é aprovado por uma assembleia geral e que passa por um crivo mais democrático, então tudo isso precisa ser verificado.
A contribuição sindical tem natureza de tributo?
Sim. Isso é pacífico, que tem uma natureza jurídica tributária. Inclusive, antigamente o nome usado era imposto sindical. É uma contribuição parafiscal, então existe, sim. É tributo.
Deve ser submetida aos princípios do artigo 37 (legalidade, moralidade, publicidade e eficiência)?
Essa é uma pergunta interessantíssima. Exatamente porque sim, todos esses tributos são dinheiro público que precisam ter certo controle em sua administração. Não é de acordo com a vontade da diretoria, mas de acordo com o que o estatuto estabelece. Todo e qualquer dinheiro público é fiscalizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e o Supremo Tribunal Federal, em 2014, definiu que, embora os sindicatos não sejam obrigados a fazer uma prestação de contas anual como outras entidades, eles precisam, sim, mandar os seus balancetes para o TCU, podendo haver, sim, uma fiscalização pelo órgão. Então as contas do sindicato primeiro precisam passar pelo crivo do conselho fiscal da própria entidade, ou seja, todo sindicato precisa ter um conselho fiscal. Este conselho vai analisar essas contas e precisa verificar (o que é muito importante) a separação entre as contribuições sindicais, que são imposto sindical (dinheiro público), e as mensalidades sindicais (que denominamos de contribuição dos associados, os filiados). Precisa haver essa separação de contas, exatamente para que haja essa transparência e o TCU possa dizer que esse dinheiro aqui é o dinheiro público, e dinheiro que é público precisa ser fiscalizado. O das mensalidades não passa pelo crivo do TCU, porque é dinheiro do associado, mas mesmo esse dinheiro do associado tem que ter controle. Porque é a mesma coisa que se você mora em um prédio. Você paga o condomínio, ou seja, o síndico precisa fazer uma prestação de contas, então é exatamente essa mesma situação. O presidente do sindicato precisa fazer uma prestação de contas para os associados sobre essas mensalidades. Já para contribuição sindical ele precisa fazer para o conselho fiscal; para a assembleia; e para o Tribunal de Contas da União. O Supremo Tribunal Federal já definiu isso, que essas prestações de contas existem, e não existe a possibilidade por exemplo, de um mandado de segurança impetrado pelo sindicato se eximir dessa prestação de contas.
"
A contribuição sindical tem uma natureza jurídico tributária, ou seja, é tributo
.
Mas qual o órgão responsável pela fiscalização dos sindicatos?
Primeiro é o conselho fiscal e depois a assembleia geral do próprio sindicato, em que os associados têm essa prerrogativa de saber no que está sendo investida a arrecadação do sindicato. Tanto do dinheiro que ele paga compulsoriamente, e do dinheiro que ele paga como mensalidade sindical. Ele precisa saber se isso está sendo investido, por exemplo, em campanhas salariais, em campanhas na mídia. Se isso está sendo utilizado para fazer panfletos, ou alugar um carro de som, ou para fazer uma propaganda sobre aquela campanha salarial. Ou seja, se está sendo utilizado para a mobilização daquela categoria ou se está sendo desviado. A gente muitas vezes encontra situações estranhas de sindicatos. Por exemplo, sindicatos que pagam verba/ajuda de custo. Na verdade a 'verba' para a CLT costuma chamar de "ajuda de custo", quando você vai se deslocar de uma cidade para a outra, onde na verdade isso sequer está previsto no estatuto. Então muitas vezes temos problemas com relação a isso, porque o próprio sindicato muitas vezes não segue o que está previsto no seu estatuto e não faz o que é o mais relevante e importante para os associados.
E quem fiscaliza isso?
Quem fiscaliza isso é o próprio associado. Quem tem que fiscalizar onde o dinheiro está sendo empregado é a categoria, ou o trabalhador ou o empresário. O TCU vai fiscalizar a parte de contribuição que é compulsória, mas a parte da mensalidade ele não mexe, pois é dinheiro privado. Uma coisa é o dinheiro privado, outra coisa é o dinheiro público. Teve uma coisa que eu observei na matéria que foi publicada domingo passado (edição de A TARDE de 14 de maio de 2017) que eu achei muito interessante, em que falava sobre a lei 11.648, que teria feito com que os sindicatos não tivessem mais obrigatoriedade de fazer prestação de contas. Acho que a informação ficou um pouco 'truncada', porque no projeto de lei 11.648 havia um artigo que dizia expressamente que os "sindicatos deveriam prestar contas ao Tribunal de Contas da União". Salvo engano, era o artigo sexto. Este artigo passou na Câmara dos Deputados, foi aprovado, passou no Senado e foi aprovado. Quando chegou à presidência da República – na época era o presidente Lula –, esse artigo foi vetado sob o fundamento de que seria inconstitucional, porque o Tribunal de Contas da União estaria fazendo uma fiscalização que violaria a autonomia do sindicato. Aí os sindicatos interpretaram dando um efeito positivo ao veto, que ele não tem. O veto faz simplesmente com que aquele dispositivo não exista no ordenamento jurídico, então hoje não existe nenhum dispositivo de lei – nenhum – que diga que o TCU deve fiscalizar os sindicatos. O que existe é jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que é o maior tribunal do nosso país, e também os dispositivos constitucionais que dizem que todo aquele que administra dinheiro público tem que prestar contas. Está previsto na Constituição, artigo 70. Foi assim que os sindicatos começaram a interpretar de forma errônea que eles não têm que prestar contas a ninguém. Sendo que não foi isso o que realmente aconteceu. O que realmente aconteceu foi que na época Lula vetou esse dispositivo porque estava com uma popularidade absurdamente alta, e este veto não foi derrubado, então ficou. Ou seja, vetou-se um dispositivo de lei que iria justamente disciplinar o artigo 70 da Constituição com relação às contribuições sindicais. Mas existem outros dispositivos, dentro da própria CLT inclusive, que dizem que o sindicato está obrigado a contabilizar todas as receitas e despesas com um contador que seja filiado ao seu órgão de classe, no caso a CRC. A prestação de contas tem que ser de uma forma legal, então ela é feita de uma forma sistematizada, tende a ser publicada em diário oficial, em jornal e apresentada perante o governo fiscal e à assembleia.
Mas e se esses sindicatos não prestarem contas? O que acontece?
O associado tem direito a exigir essa prestação de contas e o TCU tem direito de fiscalizar. E se houver a malversação desse dinheiro público, pode acontecer uma ação do Ministério Público por condutas antissindicais. Isso se houver prova efetivamente de malversação desses valores – não é a simples não prestação de contas. Quando você tem, por exemplo, uma ausência de prestação de contas, o primeiro que deve correr atrás e quem deve exigi-la é o associado, trabalhador ou o empregador.
"
Os sindicatos precisam mandar seus balancetes para o TCU, podendo ter fiscalização
.
Então o associado, se quiser, pode ficar sabendo sobre todas as despesas?
Claro! É direito do associado saber. Agora, excepcionalmente, o TCU pode fiscalizar a parte de contribuição sindical, e, se houver essa malversação do recurso, o sindicato pode sofrer uma ação civil pública.
A que a senhora atribui a disparidade entre a quantidade de sindicatos no Brasil, que são 16 mil, enquanto a Argentina só tem 91 e o Reino Unido, 168?
O Brasil tem muitos sindicatos porque a nossa estrutura vem de um histórico fascista. A grande verdade é essa. A nossa estrutura sindical foi toda herdada da carta Del Lavoro Italiana, então ela possui uma estrutura toda fascista, existindo de uma maneira muito burocrática. Em outros países os sindicatos funcionam realmente com uma outra 'tônica', a de viabilizar o maior patamar de conquistas sociais. Já no caso do nosso país, muitos sindicatos ainda vivem uma realidade muito dos anos 60 e 70, que é uma realidade completamente diferente em termos de economia do que você tem hoje. É uma estrutura muito pesada, com muitos dirigentes.
Qual impacto ocorrerá se a contribuição sindical passar a ser facultativa?
Vai haver a extinção de muitos sindicatos. Não tenho a menor dúvida disso. Em compensação, os que ficarem terão uma atuação política muito mais efetiva do que a que têm hoje. Vai haver uma redução drástica deste número de mais de 16 mil sindicatos existentes. Muitos deles são aqueles conhecidos como 'sindicatos de fachada', que só existem porque existe uma contribuição sindical que financia o seu funcionamento. Mas eu não acredito que haverá um enfraquecimento do sistema sindical. Eu vejo até pela ótica de que haverá um fortalecimento político do sistema sindical, dos que vão ficar. Estes terão real representatividade ante a sociedade e os trabalhadores.