Cardiologista relaciona problemas do coração causados pela Covid-19
José Carlos Brito comentou como o coronavírus interfere no sistema cardiovascular do paciente
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Por Metro1 no dia 03 de Dezembro de 2020 ⋅ 10:25
O médico cardiologista e ex-presidente da Associação Baiana de Medicina José Carlos Brito comentou quais os impactos do coronavírus no sistema cardiovascular dos pacientes infectados. Em entrevista a Mário Kertész hoje (3) na Rádio Metrópole, ele afirmou que os primeiros meses da pandemia serviram como aprendizado para saber quais os desdobramentos da Covid-19. "Na área da cardiologia houve uma procura muito grande de procura de consultórios. As unidades de emergência começaram a ficar solicitadas por pacientes que, não procurando os médicos em seus consultórios, passaram a procurar os pronto atendimentos dos hospitais", afirmou.
Ainda segundo o especialista, cardiologistas do mundo inteiro passaram a identificar os riscos do coronavírus para o coração. "Começamos a perceber que essa doença afetava o coração de uma forma muito importante. Passada a primeira fase de um paciente que se infecta por Covid, que é a fase da multiplicação viral, na segunda fase o pulmão é o mais atingido. Todos os órgãos podem ser atingidos pelo coronavírus, mas temos observado que, mais cedo e sem o paciente ter um expressivo problema pulmonar, o coração começa a ser afetado", destacou.
Ainda segundo o médico, duas condições identificadas são as mais graves. "Dois problemas importantes são a coagulação intravascular coronariana, que tem muita trombose nas artérias coronárias. Os pacientes atendidos com infarto, portadores de Covid na fase aguda, devem procurar logo o hospital. Temos observados trombos nas coronárias como características principais em pacientes que têm Covid. Às vezes não é fácil tratar isso se a trombose for muito intensa. Outra coisa que temos observado é que o músculo cardíaco também sofre por um ataque direto do vírus. A pessoa tem miocardite por queda da função do músculo cardíaco e desenvolvimento de arritmias graves, que podem levar o paciente ao óbito", afirmou Brito.
FONTE: Metro 1
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