20 de janeiro de 2021

Dançarina Luanny Grandona é assassinada em São Cristóvão após briga

 

Ela tinha 23 anos e acumulava quase 80 mil seguidores no Instagram

A última foto postada no Instagram da dançarina Luane Bispo dos Santos, 23 anos, possui mais de 2 mil comentários, quase todos escritos nesta quarta-feira (20). Ao contrário dos elogios que o perfil, que tem cerca de 80 mil seguidores, recebia constantemente pelo corpo exuberante de Luane, o que a deixou conhecida como Luanny Grandona, desta vez havia mensagens de adeus. “Descanse em paz, vida”, escreveu um dos seguidores. A dançarina foi assassinada a tiros na noite desta terça-feira (19), no bairro de São Cristóvão.

Segundo pessoas que conhecem Luane, ela foi assassinada após uma discussão com um homem, durante uma festa na localidade de Fazenda Cassange, por volta das 3h. O CORREIO teve acesso a uma conversa em um grupo de WhatsApp que relata como foi a briga.

“Botou o dedo na cara e chamou o cara de p** no c*”, diz trecho de conversa. Em seguida, a dançarina entrou em um carro que pediu por aplicativo e, pouco depois, o veículo foi parado pelo criminoso, que estava com uma arma em punho.

“Aí, quando estava saindo, o cara parou o carro e disse: ‘só quero ela’. O cara tirou ela do carro e meteu bala”, diz outro trecho do diálogo. Ainda de acordo com as conversas compartilhadas, Luane foi atingida três vezes: “O cara deu vários tiros, mas só acertou três. Costela, braço e perna”.    

De acordo com a Polícia Civil, Luane foi socorrida para a emergência do Hospital Menandro de Faria, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS), mas não resistiu. Osresponsáveis pela investigação dizem ainda que não possuem informações sobre as circunstâncias do crime e que também não sabem autoria e motivação. O caso é investigado pela 1ªDH/Atlântico. Já a Polícia Militar disse que não foi acionada para a ocorrência.  

Por telefone, o CORREIO conversou um pouco com a mãe de Luane, Luciana Bispo. “Não tenho nem o que dizer, porque não sei de nada. Fui ao hospital para ver de perto a minha filha. Agora, tenho que ir ao DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa) porque uma delegada quer falar comigo”, disse ela, com a voz trêmula. 

Luciana contou que não faz ideia do motivo da briga e que não sabe quem matou sua caçula – ela tem outra filha mais velha. “Nem sei direito. Eu nem fui ver as redes sociais, porque eu sei que as pessoas aumentam muito. Não esperava isso. Mãe nenhuma quer enterrar um filho, ainda mais desta forma. Minha situação hoje é delicada. Como mãe, não tenho condições emocionais de falar mais nada”, declarou.

Fonte: Correio da Bahia

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