Lauro de Freitas já foi palco da maior feira do Recôncavo
Posted on 30 outubro 2012 by Equipe Café com Notícias
Nós sabemos que várias cidades se desenvolveram a partir das feiras, pois elas possibilitavam e ainda possibilitam uma rica troca de experiências comerciais e culturais, além de favorecer a fixação dos indivíduos.
Fundada por Dias D´ Ávila, Capoame, foi uma grande feira que geralmente era realizada todas as Quartas na Frequesia de Santo Amaro, antigo nome de Lauro de Freitas. Segundo algumas fontes, essa feira era também itinerante e foi realizada em outras localidades. A variedade de produtos comercializados trouxe muita prosperidade à região, tanto é que Capoame foi o ponto comercial mais importante até 1820, quando perdeu a hegemonia para a Princesa do Sertão, que deu origem a cidade de Feira de Santana.
´´ Salvador e o Recôncavo dependiam do sertão. Salvador necessitava da carne que o sertão fornecia. Carne, couro e sebo eram usados na cidade e no campo, e os engenhos precisavam igualmente de bois para o transporte, muitos também como força motriz. Grandes boiadas percorriam, às vezes, sessenta quilômetros por dia, com destino às feiras na orla do Recôncavo, onde um ativo comércio tinha lugar. A primeira dessas feiras foi Capoame, estabelecida por Francisco Dias d’Ávila em 1614. Localizada na paróquia de Santo Amaro de Ipitanga, próxima à atual Camaçari, a feira, realizada às quartas, prosperou e permaneceu a mais importante até a ascensão da feira de Santana, a “Princesa do Sertão”, na década de 1820. Na década de 1720, o couro tornou-se importante produto de exportação na Bahia. A frota de 1735, por exemplo, transportou 180861 meios de sola e mais de 11 mil peças de couro cru. Além disso, a indústria de fumo de Cachoeira dependia do couro para embalar os rolos e, assim, havia também uma demanda constante dentro da própria capitania pelo couro do sertão.´´ (SCHWARTZ, 1995, p. 88)
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