O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse nesta terça-feira, em São Paulo, que adotará um “mentirômetro” em seu site oficial de campanha para rebater informações sobre ele divulgadas pela campanha da candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT). Aécio concedeu entrevista coletiva em um de seus comitês em São Paulo, no Brooklin, zona sul da cidade.
O candidato se disse vítima de uma campanha “com o maior número de mentiras que já assistimos em toda a nossa história”. “É o vale-tudo definitivo deste governo”, reclamou, sem citar, entretanto, quais seriam as mentiras supostamente propagadas contra ele.
“São tantos absurdos que a campanha adversária vem dizendo que eu não tenho tempo de desmenti-los pessoalmente. A cada dia é uma mentira diferente, seja no (perfil do) twitter da presidente, ou nesses seus parceiros pagos e anônimos nas redes sociais”, justificou o tucano, sobre a necessidade do “Mentirômetro”. “Vou enfrentar cada mentira com verdades e propostas”, definiu, para completar: “A cada mentira, meu coro endurece”.
Questionado se a candidata Marina Silva (PSB) -- terceira colocada no primeiro turno e aliada dele desde o último domingo – gravará participação nos programas eleitorais do PSDB, o senador mineiro desconversou. “É uma das etapas que provavelmente virão, mas não cabe a mim pedir absolutamente nada”, disse, após classificar o apoio de Marina como “espontâneo, refletido”.
Gastos com publicidade em Minas
Sobre o fato de o governo de Minas Gerais ter se recusado nos últimos anos a revelar quanto gastou de publicidade oficial em três rádios e um jornal sob controle de sua família, conforme revelado hoje em reportagem o jornal Folha de S.Paulo, Aécio resumiu: “Tem que perguntar ao governo de Minas. Eu não sou governador de Minas”. Perguntado então se ele se comprometeria a buscar essa informação e levá-la à imprensa, Aécio respondeu: “Meu governo tem uma marca: a transparência absoluta em tudo. Nessa questão da publicidade, atendi uma reivindicação do sindicato de rádios de MG, e todas as rádios tiveram exatamente a mesma publicidade, o mesmo número de inserções”, ponderou.
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