"A presidente Dilma Rousseff não vai esperar a sua posse para tomar providências. Ela pode até assumir diretamente o comando da pasta econômica e, assim, acalmar os ânimos", arrisca o especialista. Para Costa, a etapa que inicia com a reeleição deve ser delineada pelas novas ideias e mudanças estruturais nos ministérios, anunciadas pela própria presidente durante a campanha eleitoral.
O crescimento econômico também é cogitado pelo professor de Mestrado em Economia da Universidade Federal de Alagoas, Cícero Péricles Carvalho, como meta prioritária que a presidente deve atacar logo no início da sua segunda gestão. O especialista comenta que o modelo de desenvolvimento econômico e de inclusão social que teve início no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2012, atingiu um esgotamento. "É um modelo vitorioso, mas precisa de ajustes para que possa permitir novos saltos nos investimentos federais, especialmente para atrair a participação do capital privado. Observamos uma participação tímida dessa classe nos investimentos, por exemplo, no agronegócio", destaca.
Carvalho acha que a equipe ministerial que será empossada em janeiro, deve abrir portas para uma nova política industrial, que irá criar incentivos necessários para superar a crise internacional no setor. Na classificação do especialista, o Brasil ainda está em uma posição desfavorável. No campo das políticas sociais, Carvalho observar que a presidente aponta para a manutenção das principais conquistas, mas deve abrir um debate mais acirrado com a macro economia, de forma imediata, assim que a nova equipe for anunciada, especialmente relacionada ao Banco Central e a pasta da Economia.
No entanto, mesmo antes da posse da presidente, a sua equipe deve antecipar algumas mudanças para estimular o crescimento econômico, com os reajustes fiscais e determinados cortes, apesar do orçamento brasileiro já ter 90% das suas despesas obrigatórias. O sistema financeiro federal deve incidir outras medidas mais fortes para estimular o capital de financiamento.
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