Consulta em parceria com o Colab mostra que a maioria é a favor da descriminalização da maconha. Decisão foi adiada pelo STF
NATHALIA BIANCO
Há duas semanas o Supremo Tribunal Federal (STF) se reuniu para decidir se o porte e consumo próprio de drogas deveria ser legalizado no Brasil. O caso é complexo e o único ministro a dar seu voto foi o relator da ação, o ministro Gilmar Mendes, que é a favor da descriminalização.
Leitores de ÉPOCA e usuários do aplicativo Colab.re, rede social urbana que compartilha problemas de cidades em todo o país, responderam a uma enquete para saber quais os riscos urbanos da liberação do porte e consumo próprio da maconha.
No total, 197 cidades brasileiras participaram. Dos participantes, 54% disseram que essa ação diminuiria a violência. 26% foram contra a legalização, alegando que ela aumentaria. Os 20% restantes disseram que nada mudaria.
A cidade de São Paulo foi a mais otimista, em que 72% disseram que a legalização diminuiria a violência. Em Bauru, interior de São Paulo, a sensação é contrária. 66% dos participantes sentem que isso não diminuiria os índices de violência.
Entre homens e mulheres o resultado foi parecido. Eles, com 58%, e elas, com 52%, concordam que essa seria uma ação que beneficiaria a segurança. Em relação a faixa etária, 41% dos participantes com mais de 46 anos disseram acreditar que essa não seria a melhor medida para combater a violência.
Pioneiro, o Uruguai regulamenta desde 2014 o consumo da maconha, e mostra que esse mercado agora gera empregos e paga impostos. Em Denver, nos Estados Unidos, 74% dos jovens que consumiram maconha medicinal de outra pessoa se tornaram dependentes.
No Brasil, o julgamento no STF foi interrompido após o voto do relator. O ministro Edson Fachin pediu vista e disse que precisa de mais tempo para analisar a questão. Não há previsão de quando a discussão será retomada.
Para saber mais acesse o blog do Colab.re.
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