Na sexta-feira (19), descumprindo parte das medidas de isolamento social decretadas na cidade de Lauro de Freitas (BA), representantes do governo municipal tentaram reunir simultaneamente diversas entidades sindicais dos trabalhadores do serviço público no município. Previamente, os sindicatos sinalizaram ao governo, a necessidade de realizar reuniões apenas por meio virtual para negociações coletivas e demais, o que foi acolhido um dia antes da reunião. Contudo, das 9h30, horário previsto para a reunião, um dos representantes da gestão municipal cancelou a reunião virtual para manter o encontro presencial, o que impossibilitou a participação da maioria das entidades sindicais atuantes no município. “Durante pandemia, com risco ainda alto de disseminação do novo coronavírus, é necessário adotar os meios virtuais para reunir e evitar aglomerações, especialmente nós que somos representantes sindicais e servidores que atuam em serviços essenciais”, disse Eusebio Ferreira dos Santos Jr, presidente do Sindicato de Servidores de Lauro de Freitas.
Com a tentativa da gestão manter a reunião presencial apesar do alerta, os representantes sindicais encaminharam, por meio de apenas dois representantes manifestação, repudiando a conduta intempestiva da Prefeitura e recomendaram a realização de reuniões coletivas somente por meio virtual. Segundo boletim epidemiológico do município, do dia 18, Lauro de Freitas, possui 1164 casos positivos de COVID-19 e 27 óbitos relacionados notificados. Boletim estadual, por sua vez, evidencia que o número de servidores de saúde, um dos serviços públicos essenciais, na Bahia é também elevado. Além do risco de disseminação do coronavírus na população geral, a contaminação dos trabalhadores de serviços essenciais pode comprometer o próprio enfrentamento da pandemia e assistência aos demais acometidos.
Após frustrada a reunião presencial pela impossibilidade de participação e recusa majoritária dos sindicatos, a gestão informou que a reunião foi remarcada para segunda-feira (22), mas dessa vez por meio virtual, observando as medidas de isolamento social, e tratará da pauta sobre o adiamento do pagamento da 1ª parcela do 13º Salário dos servidores, mas dessa vez, por meio virtual. O município alega dificuldade econômica pela diminuição da arrecadação para quitar uma parcela do 13º que regularmente é pago. Os sindicatos esperam obter mais informações técnicas e orçamentárias dessa medida e de possíveis alternativas.
Assinaram a nota conjunta, os sindicatos de Lauro de Freitas dos Servidores Públicos (ASSEPMULFEBA) e dos Trabalhadores da Educação (ASPROLF) e os sindicatos estaduais dos Enfermeiros (SEEB), dos Farmacêuticos (SINDIFARMA), dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Patologia Clínica (SINTEFEM BAHIA), Médicos (SINDIMED), Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais (SINFITO), dos Assistentes Sociais (SASB), dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemia (SINDACS BAHIA).
Fonte: Politica Livre.
Fonte: Politica Livre.
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