COMENTÁRIO DE MARCELO
Os movimentos políticos do ex-prefeito de Salvador e virtual candidato a governador do estado da Bahia na reta final da campanha de reeleição da presidência da Câmara e os seus comentários da recente nomeação do deputado federal João Roma (Republicanos-BA) como ministro da Cidadania, levou o presidente nacional do Democratas, ACM Neto (BA), a afirmar aos mais próximos que "Jair Bolsonaro ganhou um inimigo e que atuará para levar a maioria do partido para a oposição".
Essa atitude de Neto, na política de morde e assopra a Bolsonaro, vai de encontro aos interesses do Centrão. É pública a divisão do DEM, presidido nacionalmente pelo baiano, mas com deputados já declaradamente governistas e ocupando postos estratégicos no governo federal, a exemplo de Onyx Lorenzoni (DEM-RS), agora na Secretaria-Geral da Presidência, acusado por aliados do ex-prefeito de fazer lobby para nomeação do deputado baiano, além do do governador Ronaldo Caiado (DEM-GO) que exerce a liderança de monte de deputados do agronegócio e está bem próximo ao presidente da República. Afinal o que quer Neto? Liderar a oposição ao presidente? Ser candidato a governador ou se colocar como um nome para a vice de Bolsonaro? Ora, a indicação de Roma foi fruto de uma negociação política, com a participação de setores do DEM e articulação do Republicanos, um dos principais partidos que compõe o Centrão.
Será que, mesmo dizendo publicamente que não queria ser ministro, o ex-prefeito não conseguindo viabilizar a sua própria indicação se depara com a fábula "A Raposa e as uvas"?
Então Neto precisa definir urgentemente o seu projeto político, a sua candidatura a governador com o apoio do agora ministro da Cidadania, leia-se governo federal, é de vital importância, então essa história de declarar que fará oposição a Bolsonaro pode ser um "jogo de cena" ou birra, se for segunda hipótese, Wagner que nada tem de bobo e conhece a fundo os interesses dos prefeitos baianos poderá engomar o terno para a posse.
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