23 de março de 2021

Roma não descarta ser candidato a governador da Bahia em 2022

 


João Roma não descartou ontem a possibilidade de ser candidato a governador da Bahia no próximo ano



    


Por Rodrigo Daniel Silva

Embora tenha dito aos aliados que trabalharia pelo “projeto ACM Neto” em 2022, o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), não descartou ontem a possibilidade de ser candidato a governador da Bahia no próximo ano. Há rumores de que o hoje deputado federal licenciado poderia ser lançado candidato ao Palácio de Ondina, com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Não chegamos a conversar sobre esse assunto. Estamos num ano em que é necessário muito trabalho, sem dúvidas é o desafio mais importante da minha vida estar à frente do Ministério da Cidadania. Portanto, eu não conversei sobre esse tema, sucessão de 2022, com o presidente Bolsonaro. O meu foco é trabalhar pelos brasileiros que mais precisam e é a isso que eu estou me dedicando diuturnamente”, declarou Roma.

Questionado se aceitaria ser candidato se fosse convidado, ele respondeu: “A política tem muitas circunstâncias e muitos momentos. Eu acho que 2022 reserva muitas surpresas ainda para o povo brasileiro. Mas o importante é que, nesse momento, nós precisamos trabalhar muito. Esse não é o momento de tratar de eleição. Esse é o momento de trabalhar para a população que mais precisa, e é a isso que tenho me dedicado”.

ACM Neto e João Roma romperam politicamente após o parlamentar aceitar ser ministro da Cidadania. De acordo com aliados de ambos, Neto ficou irritado porque a nomeação de Roma deu força à versão de que de que ele decidiu pela neutralidade do Democratas na disputa pela presidência da Câmara em troca de cargos no governo federal. Acusação feita pelo ex-presidente da Casa, Rodrigo Maia, que queria que a sigla ficasse no bloco liderado pelo então candidato Baleia Rossi (MDB). Com a neutralidade, Arthur Lira (PP) se beneficiou e acabou eleito o novo comandante da Câmara.

ACM Neto teria ficado chateado ainda porque não queria se associar ao governo Bolsonaro, por temer ser atrelado ao desgaste político. Por fim, o ex-prefeito soteropolitano não teria gostado da nomeação, na visão de correligionários, por não ter sido uma indicação dele, como ocorreu quando sugeriu Sílvio Pinheiro para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB).

Ainda na entrevista de ontem, Roma voltou a se posicionar contra o lockdown. “Eu defendo que se evitem as aglomerações, mas da maneira como está o lockdown termina inviabilizando que pessoas que não têm o salário certo no final do mês, que precisam correr atrás para dar o sustento da sua família, não podem simplesmente ficar de braços cruzados. Precisamos ter muita colaboração, estar abraçados com a ciência, mas não dá para quebrar o direito constitucional do cidadão de ir e vir, fazendo inclusive cenas chocantes para muitas pessoas. Uma coisa é seguir as regras, usar máscara, álcool em gel, fazer o distanciamento, evitar aglomerações, outras coisas é querer de forma impositiva trancafiar as pessoas dentro de casa”, acrescentou.

Fonte: Tribuna da Bahia



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