6 de março de 2021

Senador ataca Ciro Gomes e elogia empresária Luiza Trajano

 



Foto: Reprodução


Por Rodrigo Daniel Silva

O senador Jaques Wagner (PT) atacou, ontem, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e elogiou a dona da rede de lojas de varejo Magazine Luiza, Luiza Trajano, que tem sido especulada como candidata a vice ou à Presidência da República. O petista, que foi a favor de o PT apoiar o pedetista na eleição de 2018, afirmou que “está ficando difícil” caminhar junto com Ciro no próximo ano.

Wagner se mostrou chateado com a entrevista em que Ciro diz que sua “tarefa é necessariamente derrotar o PT no primeiro turno”. Para o senador, o ex-ministro foi covarde. “Veja que contraditória a frase do Ciro: 'meu papel nessa eleição é tirar o PT do segundo turno'. Ou seja, já deu uma demonstração de covardia, porque ele poderia ter dito que o papel nessa eleição é 'tirar Bolsonaro do segundo turno'”, disse. “Acho ele uma pessoa bem informada, mas adentrou um caminho. Tem uma entrevista minha que eu digo que o PT continua querendo ampliar, mas eu não posso ampliar com alguém que diz 'eu quero lhe derrotar, quero que você não esteja aqui'. Quando a gente quer fazer uma sociedade, uma frente, você senta com todo mundo sem preconceito. Pode ser eu, você ou outro, tudo isso é admissível. Agora já quer sentar numa mesa (e dizendo): ‘nós queremos uma frente ampla desde que o PT não tenha candidato’. Oxente, vá se criar. O PT nasceu pequenininho, em 1980, era o partido dos malucos. Não tinha deputado federal, estadual e prefeito. A gente foi crescendo defendendo ideias e ideais. Nessa caminhada teve erros e acertos, mas o saldo é extremamente positivo. Nessa caminhada, se construíram várias lideranças. Lula é a maior expressão delas. Haddad, Rui, Wellington, Camilo, eu, os senadores e a Gleisi. Dilma teve seu papel e Gabrielli dirigindo a Petrobras. Então, a gente se criou”, acrescentou, em entrevista à rádio Metrópole.

Wagner disse ainda que apoiaria Ciro em eventual segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pelo pedetista ter “muito mais compromisso com o Brasil”. A declaração foi uma cutucada também pelo fato de o ex-ministro não ter ficado ao lado de Fernando Haddad (PT) em 2018. “Está na geladeira está história com Ciro, porque ele não ajuda e não acho que ele queira fazer frente ampla. Acho que ele está com saudade da Arena. É bom lembrar que ele veio da Arena, depois passou por outros partidos, serviu ao governo do presidente Lula e agora não sei, quer ser o líder da chamada centro-direita. Está disputando com Huck, Doria e agora tem também Luiza Trajano, da Magalu”, disse. A Arena era o partido governista durante a ditadura militar.

Sobre Trajano, Wagner afirmou que “gosta muito dela”. Nos bastidores, comenta-se que ele tem aparecido bem nas pesquisas espontâneas. “Acho bom que tenha alguém da área empresarial, mas não financeira. Na minha opinião, a empresarial, de serviço, da agricultura, da indústria. O pessoal do financeiro é um pessoal muito frio. Só pensa em cifrão, em bolsa e especulação”, disse.
Fonte: Tribuna da Bahia

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