A conclusão que se pode chegar, com todo o respeito aos sociólogos e aos entendidos de marketing político, é que a eleição de Romário ao Senado, confirmadas as intenções de votos que os institutos de pesquisa apontam, será esmagadora, significativa e vai criar uma necessidade de se julgar o porquê.
Qual a vida política de Romário?
A votação para o Senado é em turno único, e só é possível eleger um candidato, como acontece no caso dos candidatos a governador e a presidente da República. Os eleitores só têm uma opção. O grave é que os candidatos a governador não conseguem os mesmos índices de Romário, o que significa que Romário é mais líder do que eles. Não importa se um é para governador e outro para senador, o que o povo sabe é que os dois pleiteiam posições políticas. Mais grave ainda é que os candidatos mais votados ao governo do Rio, somados, se aproximam dos 50%, e Romário sozinho também.
Qual a explicação?
Romário foi um jogador de futebol sempre crítico, e sempre usou termos violentos para criticar dirigentes, inclusive os da Copa do Mundo no Brasil - Fifa. Romário defende uma política importante para crianças que sofrem complicações genéticas. Romário não poupou críticas a candidatos a presidente da República com melhor índice de popularidade, ao mesmo tempo em que estava alinhado com Eduardo Campos, que tinha apenas 9% das intenções de voto. Isso tudo quando ele, Romário, já estava à frente nas pesquisas do Rio.
Sendo o Rio uma caixa acústica do processo político e cultural do país, as intenções de voto em Romário representam a repulsa do eleitor contra tudo o que existe em termos de política? Representam a saturação do eleitor? Como se explica esta fantástica aprovação que Romário está tendo?
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