por Jade Coelho
O prefeito de Camaçari Elinaldo Araújo (DEM) foi pego de surpresa pelo anúncio de fechamento da Ford na cidade (leia aqui). A empresa emprega diretamente cinco mil funcionários, mas incluindo as companhias agregadas e as que rodavam em torno da fábrica, a estimativa do prefeito é de que 70 mil pessoas acabem impactadas pelo encerramento das atividades da fábrica.
A informação sobre o fechamento das fábricas da Ford no Brasil foi divulgada nesta segunda-feira (11). Além de Camaçari, a empresa tinha fábricas em Taubaté (SP), para carros da Ford, e Horizonte (CE), para jipes da Troller.
Elinaldo foi o entrevistado desta terça-feira (12) do programa Bahia Notícias no Ar, da rádio Salvador FM 92,3. O gestor afirmou que chegou a tentar dialogar e negociar a reavaliação da medida, “mas é uma decisão internacional, já estava tomada, já estava feita”.
O prefeito de Camaçari lamenta a maneira como o anúncio foi feito. Na opinião dele a gestão poderia ter sido procurada. “Eles já tinham se preparado, era importante ter avisado ao prefeito para que pudesse buscar outro investidor para ocupar esse espaço”, opinou o democrata.
A prefeitura de Camaçari teme pelo impacto nas contas públicas. Isso porquê os impostos pagos pela Ford já estavam previstos na Lei Orçamentária Anual da cidade da Região Metropolitana de Salvador. O prefeito adiantou que diante da situação “vai buscar outro investidor” e que “esses recursos vão fazer falta”.
Segundo o prefeito, ele já está em contato com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e deve se reunir com o governador Rui Costa. O prefeito já está em contato com a equipe do governo estadual, que também será impactado pelo fechamento da fábrica.
O gestor destacou a “boa relação institucional” que tem com o governador baiano. “Estamos formalizando uma agenda município e governo do estado para se possível até usar nossa bancada de deputados da Bahia e tentar uma solução”, disse durante a entrevista.
Fonte: bahia Noticias.
Por fim Elinaldo destacou que Camaçari não está sozinha. Na visão dele o Brasil tem assistido muitas empresas indo embora e o assunto não é tratado como prioridade pelo governo federal.
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