14 de fevereiro de 2013

“Não existe a menor possibilidade de eu ser vice”, diz Marcelo Nilo sobre 2014



Emerson Nunes

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nillo (PDT), garantiu que, se não for escolhido para disputar a sucessão de Jaques Wagner (PT), não aceita a outra vaga na chapa majoritária. “Há dois anos, o governador me convidou para ser candidato a senador na sua chapa, com apenas duas vagas, e eu não quis. Não existe a menor possibilidade de eu ser vice, não é o meu estilo e não quero ser vice”, declarou em entrevista à Rádio Sociedade na manhã desta quinta-feira. Nilo também afirmou que vai respeitar a escolha de Wagner, mas negou que a escolha de um sucessor petista seja uma imposição. “O presidente [do PT na Bahia] Jonas Paulo disse hoje para a Tribuna da Bahia que o candidato será do PT, mas ele tem que trabalhar pelo PT. O Alexandre Brust, presidente do meu partido, trabalha pelo PDT. Agora o coordenador será Jaques Wagner e eu conheço Wagner, convivo com ele diariamente, conversamos praticamente todos os dias por telefone ou pessoalmente. O PT tem a preferência, mas não tem exclusividade. Nós somos do partido da base aliada e o governador é o técnico. Eu estou a disposição do governador, que vai coordenar esse processo e escolher aquele que tiver melhores condições políticas. Por exemplo, o PT sempre quis a Presidência da Assembleia, mas eu criei condições e fui eleito”, enfatizou.
O pedetista também falou sobre a existência de uma suposta pesquisa interna que aponta um candidato da oposição bem cotado na disputa sucessória enquanto Nilo apareceria em terceiro lugar com pelo menos 6% de aprovação. “As pesquisas só vão ter validade a partir do dia primeiro de Janeiro. O quadro ainda está muito confuso, não tem ninguém forte. Estão todos ainda patinando, mas o importante é cada um colocar seu bloco na rua”, frisou.
Nilo também comentou o clima de paz entre o prefeito da capital e o governo da Bahia. “A parceria administrativa também é importante para o prefeito ACM Neto (DEM), ele foi no camarote do governador, foi bem recebido. Aliás, Wagner é tão republicano que recebeu Prisco no camarote dele. Eu estava na hora, o vereador Gilmar Santiago chegou e disse: – Governador, o vereador está aí e ele quer conversar com o senhor. Ele mandou subir. Tanto a atitude do Prisco quanto a do governador foram atitudes corretas. Ele é um homem público e independente se você gosta ou não, tem que conversar”. Nilo também garantiu que a Assembleia Legislativa levantou bandeira branca para a Prefeitura e negou qualquer problema pessoal com o novo gestor. “As pessoas pensam que eu tenho problema com o prefeito ACM Neto, mas eu não tenho, nós até marcamos para almoçar depois do Carnaval. O prefeito de Salvador e o presidente da Assembleia Legislativa tem que conversar. Não tenho problemas pessoais nem com ele e nem com Bruno Reis, nós tivemos divergências políticas. Ele fez críticas e eu também fiz. Ele apoiou ACM Neto e ganhou as eleições, eu apoiei Pelegrino e perdi”, concluiu.

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