11 de julho de 2014

Renata Mallet critica valores gastos nas campanhas dos candidatos ao governo

A disparidade entre os valores gastos pelos candidatos dos partidos maiores em comparação com os considerados de menor porte foi alertada pela postulante do PSTU ao governo do estado, Renata Mallet. A socialista avaliou a previsão de investimentos de cada candidato, divulgada pelo Tribunal Regional Eleitoral, e considerou que a lógica de financiamento de campanhas vai de encontro aos interesses do povo.
 
Entre as campanhas mais caras para o governo do estado, Renata Mallet destacou que a previsão de Rui Costa (PT) é de gastar R$ 65 milhões, Paulo Souto (DEM) 38 milhões, e Lídice da Mata (PSB) R$ 20 milhões.
 
A candidata do PSTU ainda alertou sobre a possibilidade de um dinheiro não previsto entrar na campanha sem ser devidamente contabilizado.  
 
“Esses valores são apenas os gastos declarados à justiça eleitoral. Não entram possíveis “caixa 2” já denunciados e julgados pela justiça em casos como o Mensalão do PT e do PSDB e que envolveu a maior parte dos partidos que estão no poder. São investimentos que os ricos (os empreiteiros, os empresários do transporte, do agronegócio e os banqueiros) fazem nas eleições. Porque são esses ricos que irão se beneficiar quando os candidatos financiados forem eleitos. Eles ganharam muito dinheiro as custas da falta de investimento em saúde, educação, moradia e reforma agrária no nosso estado”, criticou Renata Mallet.
 
Ainda comparando a previsão de campanha do PSTU em relação à dos gigantes, Mallet anunciou que pretende gastar “módicos” R$ 150 mil.
 
“Nossa previsão de gastos com as eleições é bem modesta, R$150 mil. Não aceitamos dinheiro dos empresários e das empreiteiras. Nossa candidatura é construída e financiada pelos trabalhadores, militantes e simpatizantes. Não temos rabo preso com os ricos, não iremos governar para eles. Precisamos inverter a lógica da política baiana e começar a governar para quem realmente precisa, para o povo pobre do nosso estado, para os trabalhadores e juventude. E essa inversão da lógica começa com o financiamento da campanha. Só com independência dos patrões teremos condições de defender propostas que realmente possam mudar a Bahia e que atendam as reivindicações levadas pelos trabalhadores e pela juventude para as ruas, greves e manifestações que acontecem em nosso estado”, argumentou Renata Mallet. 

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