6 de março de 2014

DEPOIS DO CARNAVAL VEM A COPA E A SUCESSÃO


Conversava com um deputado federal semana passada sobre a sucessão estadual, nacional e as eleições proporcionais. O deputado fez umas reflexões que achei interessante, principalmente uma relacionada aos tempos bicudos e a falta do dindim da milionária campanha para a Câmara Federal, algo não declarado em torno de 4 a 5 milhões de reais.  

O experiente parlamentar, já no segundo mandato, confidenciou que para fazer campanha na Bahia tem que ter aquilo roxo (não só aquilo arroxeado, mas muita bala na agulha). Mesmo o seu partido apoiando a presidente Dilma e o governador Wagner as dificuldades são imensas, porque o PT ainda tem a cultura do mandacaru (não faz sombra para ninguém). Acredita o parlamentar que mais do que nunca os petistas desejam fazer uma grande bancada, considerando que os aliados não são tão confiáveis assim, daí crescem as dificuldades.  

Mas o papo com o legislador foi se derivando para o refresco do carnaval (santo Momo!), nesse período os cabos eleitorais, lideranças politicas e comunitárias já se convenceram que as conversas$$$$ ficarão para depois do carnaval e da ressaca deste. Desafio será convencer essa turma que o eleitor só vai se interessar por politica depois da Copa, então daqui até lá, muitas lideranças sairão amuadas e de caras amarradas das reuniões com os deputados ou seus representantes com o sentimento que tomaram "cheiro" destes.

Mas nem tudo estará perdido para as lideranças, que não estão preocupadas nem um pouco com o fato do nordeste ser campeão de analfabetismo do país e a Bahia ter 42% das pessoas com mais de 60 anos analfabetas, o que realmente interessa é apoiar os deputados e terem a certeza que as coisas vão acontecer. O deputado afirma que o "derrame" do real só acontecerá entre agosto a outubro, a campanha proporcional de 2014 será a mais cara dos últimos tempos face o descrédito do povo na classe política, ocorrerá então uma verdadeira "corrida de jegues", ou seja, cada candidato um por si. O certo é que após a euforia das eleições as coisas ficarão como dantes no quartel de Abrantes e para quem não se "armar" nessa campanha restará o consolo das eleições municipais de 2016. Quem viver verá!  


  

Nenhum comentário:

Postar um comentário