Texto: Marcelo Santana
É Natal, sábado, clima ameno, estou aqui observando o fluxo de pessoas que circulam na principal artéria comercial de Lauro, do Cleriston ao Pé de Oiti, já é meio-dia. Comparando com anos anteriores o movimento agora é muito menor, as pessoas caminham e olham a lojas, os vendedores fazem de tudo para que os clientes comprem, consumam, mas todo mundo tá arredio. Conversando com um lojista ele credita a atual gestão a queda nas vendas, pois centena de funcionários foram demitidos, não receberam o decimo nem as suas rescisões. O semáforo quebrado há vário dias também retrata o ocaso e o agente de transito, coitado, apita feito um condenado. É Natal, poucos se preocupam com nascimento de Cristo, os sentidos se voltam para Papai Noel e a esperança de um amigo ou parente mais aquinhoado possa presentear com alguma coisa, pois é, qualquer coisa serve nesses tempos sombrios e bicudos. No Natal da crise consome-se menos e os olhares se dirigem para o futuro, quem sabe se a nova gestão possa pagar toda as rescisões? Ou até mesmo o Ministério Público do Trabalho se compadeça e represente contra o município e que a Justiça do Trabalho possa arguir a preferencia do crédito trabalhista e determine que a lei seja cumprida e o trabalhador receba a sua grana? Mesmo com todos os problemas do país é Natal. Feliz Natal!
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