22 de novembro de 2014

AMOR DE MÃE VAI AO EXTREMO.



OPINIÃO de Marcelo

A ficção imita a realidade. Na novela Império da Rede Globo, um capítulo nos chamou a atenção: Jurema, mãe de Jairo, descobre através do marido que o filho é um ladrão, considerando que no seu armário, devidamente trancado e arrombado pelo genitor , tinham bolsas, carteira, celulares, etc. Mesmo com as provas contundentes a mãe reluta em aceitar o fato, e parte para o ataque: "Mas também você foi um pai ausente!".

Com algum tempo militando na área criminal várias vezes deparei-me com situações parecidas, onde as mães de acusados de praticas delituosas, a principio, não querem acreditar que os seus rebentos, amamentados por longos períodos,  sejam culpados  dos crimes a eles imputados.

Sem querer entrar em discussões acadêmicas e teses sociológicas, nos parece que é muito mais fácil para a mãe acreditar na inocência do seu filho, considerando que na cabeça materna o filho não cresce nunca, portanto o "menino" não seria capaz de praticar o crime. Mesmo que seja convencida da prática daquele delito, com a devida confissão do delinquente, a mãe acredita que aquela foi a única vez e que o ato nunca mais vai se repetir e que mesmo que se repita por mais vezes, a mãe, mesmo assim vai encontrar "culpados" pelo comportamento do filhote, que pode ser a ausência do pai, o mercado de trabalho que não dá a oportunidade ao garoto, a própria ingenuidade do rapaz e por fim, a clássica afirmação; "Mesmo errando meu filho tem um coração de ouro!". Aí a vizinha diz: "Tem mãe que é cega!". 

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